É preciso maior investimento público na Rede Ferroviária, por Jerônimo Miranda Neto

O Portal CNTT divulga artigo do presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores Ferroviários da CUT.


Publicação: 28/09/2010
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Após o desmonte do setor, realizado na década neoliberal, os trabalhadores ferroviários do País foram submetidos a um alto índice de precarização e terceirização, resultado da falta de um maior investimento público no modal estratégico ao desenvolvimento nacional.
Criada em 1957, a Rede Ferroviária Federal chegou a empregar 50 mil trabalhadores, com mais de 22 mil quilômetros de linhas. A realidade do setor ferroviário hoje, passado meio século, fruto da privatização, ela tem a metade da quilometragem e o número de ferroviários não chega a dez mil. Perdemos mais de 80% da nossa mão de obra.
Desde 92, a Rede passou a integrar o programa de desestatização. De 96 a 98, com FHC, como ela era muito grande, passou a ser fatiada para ser privatizada. Uma vez vendida, a malha ferroviária brasileira foi toda parar nas mãos do capital estrangeiro. Desnacionalizada, os recursos desta Rede foram sendo sugados e levados para fora do país. A partir daí começaram a exigir investimentos do Estado, alegando não terem condições de sobreviver.
A partir do governo Lula, até por conta dos investimentos nos modais, na construção de ferrovias com parcerias público-privadas, começamos a discutir a importância do Estado retomar o seu papel no setor, que consideramos estratégico para o desenvolvimento nacional. O significado deste aporte é fundamental num país com o tamanho do Brasil e deve patrocinar a integração com a hidrovia, que é outro modal barato.
De fato, temos uma empresa estatal, que é a Valec Engenharia, Construções e Ferrovias, que está estruturando o sistema ferroviário, mas é para ser administrado pela iniciativa privada, o que para nós é um equívoco. Positivamente, tivemos a reintegração de 826 companheiros demitidos no governo Collor por lutarem pelos direitos e pelo patrimônio público, e que uma vez anistiados estão ligados ao Ministério dos Transportes, pois já não há empresa pública para eles trabalharem. Também temos o governo do Paraná, que está investindo numa empresa ferroviária pública.
Nossa luta é para que o próximo governo priorize o investimento público, com mais emprego e renda para o setor!

Jerônimo Miranda Neto é presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores Ferroviários da CUT.

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