Após o desmonte do setor,
realizado na década neoliberal, os trabalhadores ferroviários do
País foram submetidos a um alto índice de precarização e
terceirização, resultado da falta de um maior investimento público
no modal estratégico ao desenvolvimento nacional.
Criada em 1957, a Rede Ferroviária Federal chegou a empregar 50 mil
trabalhadores, com mais de 22 mil quilômetros de linhas. A
realidade do setor ferroviário hoje, passado meio século, fruto da
privatização, ela tem a metade da quilometragem e o número de
ferroviários não chega a dez mil. Perdemos mais de 80% da nossa mão
de obra.
Desde 92, a Rede passou a integrar o programa de desestatização. De
96 a 98, com FHC, como ela era muito grande, passou a ser fatiada
para ser privatizada. Uma vez vendida, a malha ferroviária
brasileira foi toda parar nas mãos do capital estrangeiro.
Desnacionalizada, os recursos desta Rede foram sendo sugados e
levados para fora do país. A partir daí começaram a exigir
investimentos do Estado, alegando não terem condições de
sobreviver.
A partir do governo Lula, até por conta dos investimentos nos
modais, na construção de ferrovias com parcerias público-privadas,
começamos a discutir a importância do Estado retomar o seu papel no
setor, que consideramos estratégico para o desenvolvimento
nacional. O significado deste aporte é fundamental num país com o
tamanho do Brasil e deve patrocinar a integração com a hidrovia,
que é outro modal barato.
De fato, temos uma empresa estatal, que é a Valec Engenharia,
Construções e Ferrovias, que está estruturando o sistema
ferroviário, mas é para ser administrado pela iniciativa privada, o
que para nós é um equívoco. Positivamente, tivemos a reintegração
de 826 companheiros demitidos no governo Collor por lutarem pelos
direitos e pelo patrimônio público, e que uma vez anistiados estão
ligados ao Ministério dos Transportes, pois já não há empresa
pública para eles trabalharem. Também temos o governo do Paraná,
que está investindo numa empresa ferroviária pública.
Nossa luta é para que o próximo governo priorize o investimento
público, com mais emprego e renda para o setor!
Jerônimo Miranda Neto é presidente da
Federação Interestadual dos Trabalhadores Ferroviários da
CUT.
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