O
ex-controlador da Vasp, Wagner Canhedo, não conseguiu anular a
posse definitiva de uma de suas fazendas, a Piratininga, obtida
pelos ex-funcionários da companhia aérea. A 2ª Seção do Superior
Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou ontem, por unanimidade, um
recurso apresentado pelo empresário. A propriedade, localizada no
norte de Goiás, está avaliada em R$ 615 milhões e foi transferida
para os trabalhadores em novembro de 2009 para pagar parte da
dívida da empresa. A Vasp, que teve a falência decretada em
setembro de 2008, deve cerca de R$ 1 bilhão aos
ex-funcionários.
Os recursos cabíveis para que Canhedo tente reaver a fazenda estão
se esgotando. Ele ainda tenta anular a adjudicação - transferência
da propriedade - dessa mesma área no Tribunal Superior do Trabalho
(TST). Por enquanto, na Corte trabalhista há apenas o voto do
relator do caso na 5ª Turma, ministro Emmanoel Pereira, a favor dos
trabalhadores. O magistrado negou provimento ao recurso por
entender que há problemas na juntada de documentos por parte da
defesa de Canhedo. Ainda faltam os votos de dois ministros da
Corte.
No STJ, o relator do processo, ministro Raul Araújo, entendeu que
não haveria como aceitar o recurso do ex-controlador. Seu voto foi
seguido pelos demais. Os advogados de Canhedo alegam haver
irregularidades no processo de adjudicação. Também argumentam que a
Fazenda Piratininga seria imprescindível para a recuperação
judicial da Vale do Araguaia, pertencente ao mesmo grupo econômico.
Porém, as alegações foram rejeitadas pelos ministros. Eles
entenderam que a transferência da posse da Fazenda aos
trabalhadores estaria dentro da legalidade e provocaria uma mudança
no quadro de credores da Vasp, o que facilitaria o pagamento da
dívida trabalhista.
Da decisão do STJ ainda cabe recurso para o Supremo Tribunal
Federal (STF). A Fazenda Piratininga já foi levada a leilão em
abril deste ano por um lance mínimo de R$ 370 milhões. No entanto,
o corregedor-geral da Justiça do Trabalho, Carlos Alberto Reis de
Paula, determinou a realização do pregão desde que seus efeitos
fossem sustados, até que o recurso do Tribunal Superior do Trabalho
fosse analisado. Em razão do impasse, a propriedade não chegou a
receber lances, apesar da presença de interessados.
Se a venda da Fazenda Piratininga vier a se concretizar, esta será
a primeira vez no país que um grupo de trabalhadores de uma empresa
em falência receberá seus créditos fora do rateio de ativos no
processo de falência. Procurados pelo Valor, os advogados de
Canhedo e da fazenda, Claudio Alberto Feitosa Penna Fernandes e
Eduardo Safe Carneiro, não foram localizados até o fechamento da
edição.
Com informações do Valor Econômico.
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