O governo
federal recebe no dia 15 de outubro as propostas das empresas
interessadas em construir e assumir a concessão do Porto Novo de
Manaus, cuja licitação será realizada ainda neste ano, anunciou no
dia 16 de setembro o secretário de Planejamento e Desenvolvimento
Portuário da Secretaria Especial de Portos (SEP), Fabrizio
Pierdomenico. Será a primeira vez desde a edição da Lei de
Modernização dos Portos (8.630/93) que a União passará a gestão de
um complexo portuário para o setor privado.
A decisão de iniciar o processo de concessão de portos pelo Estado
do Amazonas é uma resposta à demanda das empresas do polo
industrial daquela região. O terminal de contêineres do único porto
público existente opera sem equipamentos adequados para
movimentação de cargas e o cais flutuante (que acompanha os
fenômenos de cheia e vazante do rio Negro) foi interditado pela
Marinha. Além disso, o porto de Manaus fica próximo ao centro
histórico, o que limita a operação.
Atualmente, o terminal público de contêineres de Manaus é mais um
depósito do que um escoadouro de cargas. Por causa disso, as
empresas embarcadoras recorrem a dois terminais privativos que
acabam fazendo as vezes do público.
"Não há como conceber uma praça como Manaus, que tem um polo
industrial tão importante, um centro de distribuição fundamental
para a região e o país, sem um porto público", afirma o secretário
Pierdomenico. A estimativa da Federação das Indústrias do Estado do
Amazonas (Fieam) é que o faturamento anual do polo industrial -
onde estão instaladas empresas como Honda, Sony, LG, entre outras -
seja de aproximadamente US$ 35 bilhões.
"Se não fossem os dois terminais privativos, Manaus não teria
movimentação de carga portuária. Com uma desvantagem: terminal
privativo não tem Conselho de Autoridade Portuária (que regula as
tarifas portuárias) nem Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo), que
escala os profissionais para trabalhar na atividade), ou seja, não
tem o aparato do porto público", diz Pierdomenico.
A deficiência operacional em Manaus criou o que se convencionou
chamar região de logística "ro-ro" (denominação de navios que
embarcam cargas rolantes, como veículos) cabocla: as carretas com
os contêineres são colocadas em balsas, que seguem por sete dias
até Belém para depois descerem de estrada rumo aos destinos - cerca
de 85% das mercadorias produzidas em Manaus são comercializadas no
mercado doméstico. Se houvesse uma alternativa portuária, essa
carga poderia sair de Manaus por cabotagem (navegação entre portos
do mesmo país), por exemplo.
O maior problema é na importação. Uma parte das empresas recebe
insumos de fora que chegam prioritariamente por navio. Além dos
percalços logísticos, há o agravante do tempo do desembaraço
aduaneiro.
O Porto Novo de Manaus, que também terá um cais flutuante, será
erguido na área da extinta Siderúrgica do Estado do Amazonas
(Siderama), um terreno de aproximadamente 300 mil metros quadrados.
O local é estratégico, porque fica a 10 minutos do polo industrial
e em frente à rodovia BR-319.
O arranjo do projeto (por exemplo, o número de terminais e de
berços de atracação) será apresentado pela iniciativa privada no
dia 15 de outubro. O conjunto de documentos a ser apresentado pelas
empresas interessadas em concorrer na licitação é composto ainda
pelo projeto básico e estudos ambientais e de viabilidade técnica e
econômica.
Os estudos também indicarão o modelo de operação portuária. Pela
Lei 8.630/93, a empresa que ganhou a concessão do porto pode
operá-lo ou arrendar o terminal a um terceiro. A possibilidade de a
iniciativa privada ofertar ao governo esses estudos é uma novidade
prevista no Decreto 6.620/08, que regulamentou a Lei de
Modernização dos Portos. A medida tem o objetivo de acelerar o
processo.
Uma comissão formada pela Secretaria Especial de Portos e presidida
pelo secretário Fabrizio Pierdomenico avaliará a melhor proposta. O
resultado deve sair até o meio de novembro. A seguir, será
encaminhado à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq),
a quem cabe elaborar o edital de licitação.
Com informações do
Valor Econômico de Santos.
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