Assédio moral pode provocar mortes

O assédio moral é totalmente diferente do sexual. É o que afirma Margarida Barreto, médica do trabalho e mestre em Psicologia Social


Publicação: 27/04/2007
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               O assédio moral é totalmente diferente do sexual. É o que afirma Margarida Barreto, médica do trabalho e mestre em Psicologia Social. Segundo ela, é tão antigo quanto o trabalho e está relacionado às situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas pelas quais passam os trabalhadores de todas as categorias durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções. “O assédio moral é muito comum em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam relações desumanas e não éticas de longa duração, desestabilizando a relação da ‘vítima’ com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-a a desistir do emprego”.

                Na tese “Uma Jornada de Humilhações”, Margarida realizou 2072 entrevistas com homens e mulheres, em sua maioria, trabalhadores do chão de fábrica das indústrias paulistas, em 2000. Anos depois, estendeu a pesquisa, incluindo executivos de todo o país. São várias as causas do assédio moral. As vítimas são pessoas que adoeceram em conseqüência do trabalho; trabalhadores acima dos 40 anos e com altos salários; sindicalistas e cipeiros, além de mulheres que têm filhos menores de dez anos que faltam muito no trabalho por conta dos filhos.

             Os executivos enfrentam uma prática mais sutil de assédio moral: os que assediam desejam aliciar a vítima e, quando esta não concorda, plantam roubos, invadem as casas e transformam suas vidas. Eles são assediados por colegas de trabalho por não concordarem com práticas fraudulentas e concorrência desleal.   A ‘vítima’ escolhida é isolada do grupo sem explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada e desacreditada. Por medo do desemprego e com vergonha de serem humilhados, ela gradativamente se desestabiliza e fragiliza, 'perdendo' sua auto-estima.               As relações conflituosas sempre existiram, mas nos anos 80, as empresas diminuíram o número de trabalhadores, que perderam muito de seus direitos: são contratados como terceirizados, temporários, acumulam funções e também as tensões dentro das empresas. "É torturante", destaca Margarida. Alguns tentam até o suicídio. "Os homens compreendem melhor o que é assédio moral, escrevem sobre isso, se identificam. Há dez anos, homens tentavam mais o suicídio; hoje, são as mulheres", afirma.   

 Assédio moral: legislação

               Segundo Margaria Barreto vários municípios e estados têm leis sobre assédio moral. Entre eles São Paulo, Natal, Guarulhos, Iracemápolis, Bauru, Jaboticabal, Cascavel, Sidrolândia, Reserva do Iguaçu, Guararema, Campinas, entre outros. Nos estado temos em São Paulo, que promulgou a lei nº 12.250, em 9 de fevereiro de 2006 e no  Rio de Janeiro, que, desde maio de 2002, condena esta prática.

               Existem projetos em tramitação no Rio Grande do Sul, Pernambuco, Paraná, Bahia, entre outros. No âmbito federal, há propostas de alteração do Código Penal e outros projetos de lei.  

 Fonte: Portal do combate ao Assédio Moral



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