“Autoridades de São
Paulo estão falhando em garantir a segurança pública e punir abusos
a direitos humanos cometidos por agentes do Estado”, afirmou a
Anistia Internacional. A afirmação ocorre em meio a uma onda de
violência que já resultou nas mortes de mais de 90 policiais desde
o início do ano e levou o número de vítimas de assassinatos no
Estado para 176 só em outubro.
A Anistia Internacional citou suspeita de envolvimento de policiais
em homicídios motivados por vingança e disse que tais casos não
foram investigados adequadamente "durante muitos anos". A
Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que vem
cumprindo as leis de forma rigorosa, prendendo e expulsando maus
policiais em todos os casos de violações.
"O Estado não compactua com policiais criminosos", disse a pasta em
nota. "Condenamos a negligência do Estado em duas questões:
garantir segurança pública ampla e respeitosa e assegurar justiça
para as vítimas de violações cometidas por agentes do Estado",
afirmou Tim Cahill, pesquisador da Anistia Internacional,
especialista em assuntos brasileiros.
A Anistia Internacional também condenou os ataques contra
policiais, mas afirmou que é necessária a criação de um órgão
federal independente, com poderes suficientes para investigar
violações de direitos humanos no país.
Onda de
violência
Desde o início deste ano vem se intensificando em São Paulo um
conflito entre policiais e a facção criminosa PCC (Primeiro Comando
da Capital). Segundo analistas e promotores, ações mais agressivas
adotadas pela polícia para enfrentar o PCC provocaram uma forte
retaliação do crime organizado, que deixou dezenas de policiais
mortos - a maioria atacada no período de folga.
Em um ciclo ascendente de violência, grupos de atiradores não
identificados deram início a uma onda de ataques a vítimas em
bairros e cidades periféricos de São Paulo.
Imediatamente surgiram suspeitas de que tais esquadrões da morte
eram formados por policiais e ex-policiais que decidiram agir por
conta própria. O ex-delegado geral de São Paulo chegou a afirmar na
semana passada que registros criminais de parte das vítimas dos
atentados foram checados em computadores da polícia momentos antes
dos assassinatos. Horas depois, mudou sua declaração afirmando que
tal prática foi um problema "no passado".
Desde o início do ano, ao menos 94 policiais foram assassinados no
Estado. Desse total, 19 eram aposentados e três estavam em serviço.
Além disso, o Estado continua a enfrentar um grande índice de
violência. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, só na
capital foram registrados 1.135 casos de homicídios dolosos entre
janeiro e outubro, mais do que todo o ano de 2011. O mês de outubro
foi o mais violento dos dois últimos anos na cidade, com 176
mortos. Em todo o Estado, foram 4.007 casos registrados desde
janeiro.
Com informações da BBC Brasil
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