As negociações entre empresas aéreas e
trabalhadores continuam em impasse. Em reunião realizada na
quarta-feira, dia 28, na sede do sindicato patronal, as empresas
informaram que não têm uma contraproposta e seguem defendendo
reajuste escalonado, igual ou menor que a inflação, sem nenhum
aumento real para aeronautas e aeroviários.
Os representantes dos trabalhadores relataram o clima de
insatisfação nas companhias aéreas diante da contraproposta das
empresas. Os aeroviários entendem que são muito baixos os salários
que recebem hoje e mantém a reivindicação de reajuste salarial de
10% para todos os trabalhadores. A decisão é fruto de consulta
junto às bases em assembleias realizadas na última semana. Os
aeronautas também realizaram assembleias. Eles aceitam discutir o
índice, desde que ele contemple aumento real para todos.
Odilon Junqueira, negociador das empresas, ressaltou que acha muito
ruim uma greve nas festas de fim de ano. Em resposta, os
representantes dos sindicatos dos aeroviários relataram que os
trabalhadores estão preparados para paralisações a partir da
data-base, em 1º de dezembro, caso as negociações não
avancem.
Reivindicações
Os aeroviários reclamam, além dos baixos salários, da sobrecarga de
trabalho, excesso de jornada, aumento das doenças ocupacionais e
descaso com a segurança de voo por parte das companhias.
O economista do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Cláudio Toledo,
ressaltou que as empresas, apesar dos balanços negativos, estão
ajustando suas malhas e a oferta de voo à demanda do mercado e que
isso irá melhorar os balanços futuros. E que apesar de dificuldades
em obter rentabilidade no setor, com as demissões em massa do
último período, a produtividade foi aumentada e isso tem que ser
levado em conta na negociação salarial.
Ele destacou que o setor aéreo segue em amplo crescimento no país e
que as empresas estão ajustando-se financeiramente e que terão
condições de dar conta de um aumento real para ambas categorias.
Toledo também destacou que o impacto do aumento salarial sobre o
balanço geral das empresas, numa hipótese de aumento real, não
chega a 2% do faturamento das companhias aéreas e pode ser
administrada com facilidade pelas empresas, sem que seja necessário
mais aumento nas passagens aéreas.
"O nível de emprego está caindo, a demanda segue em crescimento e,
portanto, a produtividade só tem aumentado. E produtividade é o
quanto o trabalhador se esforça para dar conta das suas tarefas na
empresa. Nesse cenário já ruim para os trabalhadores, diante de
tantas demissões, cabe às empresas, no mínimo, garantir aumento
real nos salários dos trabalhadores", defenderam os
sindicalistas.
Participaram da reunião representantes da Fentac/CUT, do Sindicato
Nacional de Aeronautas, Sindicato Nacional de Aeroviários,
Sindicato dos Aeroviários de Campinas e Região, Sindicato dos
Aeroviários de Guarulhos, Sindicato dos Aeroviários de Pernambuco e
Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre.
A próxima rodada de negociação está prevista para o dia 5 de dezembro. Nos dias 3 e 4, os sindicatos cutistas irão realizar assembleias com os trabalhadores para avaliar as ações da campanha.
Com informações da Fentac/CUT
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