Continua impasse na Campanha Salarial dos Aeronautas e Aeroviários

Os trabalhadores estão preparados para paralisações caso as negociações não avancem.


Publicação: 29/11/2012
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As negociações entre empresas aéreas e trabalhadores continuam em impasse. Em reunião realizada na quarta-feira, dia 28, na sede do sindicato patronal, as empresas informaram que não têm uma contraproposta e seguem defendendo reajuste escalonado, igual ou menor que a inflação, sem nenhum aumento real para aeronautas e aeroviários.
Os representantes dos trabalhadores relataram o clima de insatisfação nas companhias aéreas diante da contraproposta das empresas. Os aeroviários entendem que são muito baixos os salários que recebem hoje e mantém a reivindicação de reajuste salarial de 10% para todos os trabalhadores. A decisão é fruto de consulta junto às bases em assembleias realizadas na última semana. Os aeronautas também realizaram assembleias. Eles aceitam discutir o índice, desde que ele contemple aumento real para todos.
Odilon Junqueira, negociador das empresas, ressaltou que acha muito ruim uma greve nas festas de fim de ano. Em resposta, os representantes dos sindicatos dos aeroviários relataram que os trabalhadores estão preparados para paralisações a partir da data-base, em 1º de dezembro, caso as negociações não avancem.

Reivindicações
Os aeroviários reclamam, além dos baixos salários, da sobrecarga de trabalho, excesso de jornada, aumento das doenças ocupacionais e descaso com a segurança de voo por parte das companhias.
O economista do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Cláudio Toledo, ressaltou que as empresas, apesar dos balanços negativos, estão ajustando suas malhas e a oferta de voo à demanda do mercado e que isso irá melhorar os balanços futuros. E que apesar de dificuldades em obter rentabilidade no setor, com as demissões em massa do último período, a produtividade foi aumentada e isso tem que ser levado em conta na negociação salarial.
Ele destacou que o setor aéreo segue em amplo crescimento no país e que as empresas estão ajustando-se financeiramente e que terão condições de dar conta de um aumento real para ambas categorias. Toledo também destacou que o impacto do aumento salarial sobre o balanço geral das empresas, numa hipótese de aumento real, não chega a 2% do faturamento das companhias aéreas e pode ser administrada com facilidade pelas empresas, sem que seja necessário mais aumento nas passagens aéreas.
"O nível de emprego está caindo, a demanda segue em crescimento e, portanto, a produtividade só tem aumentado. E produtividade é o quanto o trabalhador se esforça para dar conta das suas tarefas na empresa. Nesse cenário já ruim para os trabalhadores, diante de tantas demissões, cabe às empresas, no mínimo, garantir aumento real nos salários dos trabalhadores", defenderam os sindicalistas.
Participaram da reunião representantes da Fentac/CUT, do Sindicato Nacional de Aeronautas, Sindicato Nacional de Aeroviários, Sindicato dos Aeroviários de Campinas e Região, Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos, Sindicato dos Aeroviários de Pernambuco e Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre.

A próxima rodada de negociação está prevista para o dia 5 de dezembro. Nos dias 3 e 4, os sindicatos cutistas irão realizar assembleias com os trabalhadores para avaliar as ações da campanha.

Com informações da Fentac/CUT

 

 



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