Após um dia de
greve geral e protestos em vários países da Europa contra a crise
econômica na Zona do Euro, os manifestantes voltaram a se mobilizar
nesta quinta-feira, dia 15.
Em Salonica, a segunda maior cidade na Grécia, trabalhadores
protestaram contra a presença do vice-ministro do Trabalho da
Alemanha, Hans-Joachim Fuchtel, em uma reunião entre prefeitos
gregos e alemãos.
Em Valência, Espanha, membros do movimento “Parar com Despejos”
entraram na casa de uma proprietária na tentativa de impedir que
ela fosse expulsa de sua casa por uma comissão judicial.
Na quarta-feira, dia 14, no exato momento em que milhões de
trabalhadores paralisavam as atividades em centenas de cidades da
Espanha, Portugal e Grécia contra a política de “austericídio”
fiscal – mescla de austeridade com genocídio -, as centrais
sindicais brasileiras tomaram a frente do Consulado da Espanha em
São Paulo para repudiar o receituário neoliberal imposto pela
troika (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e
União Europeia). Ao mesmo tempo, chamaram a atenção do governo
federal para a necessidade de ampliar os investimentos sociais e
fortalecer a indústria nacional, “a fim de criar as condições para
enfrentar os impactos negativos da crise”.
Dados
Na Espanha, onde o governo se envergou à cartilha dos
especuladores, os números estampam a devastação: 13 milhões de
pessoas, cerca de 27% da população, vivendo abaixo da linha de
pobreza, com o desemprego na juventude ultrapassando os 55%. A
Grécia foi mergulhada numa recessão semelhante aos trágicos tempos
da segunda guerra com 1,15 milhão de desempregados, desemprego
juvenil beirando os 55% e com 30% da população abaixo da linha de
pobreza. Portugal ultrapassa os 15% de desempregados, com o governo
empenhado em “flexibilizar” as relações de trabalho, com o aumento
da jornada, cortes nos salários, nas férias e no 13º salário. Em
todos os países, junto à insegurança e aos despejos, crescem os
suicídios.
Frases
“Estamos dando um alerta ao governo
brasileiro: se o Estado não tomar medidas mais efetivas e eficazes
em defesa da indústria nacional, valorizando os salários e a
distribuição de renda, a crise vai chegar ao Brasil”, ressaltou o
presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner
Freitas.
“A crise econômica revela a falência do sistema capitalista,
excludente, incapaz e incompetente, onde meia dúzia de financistas,
de especuladores, de donos de um dinheiro virtual, que não existe,
tomam o que é nosso, que é público, para se darem bem às custas da
desgraça de todos. Um sistema assim é um desrespeito à Humanidade”,
adicionou Freitas.
Representando a CSP-Conlutas, Dirceu Travesso
(Didi), sublinhou que a unidade e a mobilização das
centrais é essencial para fazer frente ao “peso da crise econômica
que o imperialismo quer colocar sobre as nossas costas”. “Se essas
medidas passarem na Europa, nós ficaremos mais fragilizados aqui.
Agora, no Brasil, há quem fale em “flexibilizar” as relações de
trabalho, em ‘modernizar’, para abrir caminho ao capital, com a
Justiça ao seu lado, a fim de retirar direitos”, denunciou.
Dirigente da Confederação Sindical dos Trabalhadores e
Trabalhadoras das Américas (CSA) e vice-presidente da União Geral
dos Trabalhadores (UGT), Laerte Teixeira, frisou que “as
medidas de austeridade não têm dado certo”. “Não podemos deixar que
os trabalhadores paguem novamente a conta da crise”.
O presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil
(CGTB), Ubiraci Dantas de Oliveira, disse que ”se os
movimentos estão explodindo por toda a Europa é porque seus
governos estão tentando implantar uma política de terra arrasada,
substituindo o Estado pelo privado. Esta é a política do
capitalismo financeiro, que enche o bolso dos banqueiros e
especuladores com o dinheiro tirado dos salários e das
aposentadorias, com o dinheiro sangrado dos investimentos”.
Vindos da Argentina, Canadá, Colômbia e Estados Unidos, lideranças
da Coordenação de Trabalhadores da Rede Gerdau se
somaram ao ato. “Neste momento em que a classe trabalhadora
europeia sofre com a agudização da crise, a nossa palavra comum é
de estímulo à luta e resistência”, declarou Jorge Garcia,
coordenador da rede.
Com informações da CUT Nacional
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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