“Se o Estado não tomar medidas mais efetivas a crise vai chegar ao Brasil”, afirma Freitas

As centrais sindicais brasileiras realizaram ato em solidariedade aos trabalhadores europeus.


Publicação: 16/11/2012
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Após um dia de greve geral e protestos em vários países da Europa contra a crise econômica na Zona do Euro, os manifestantes voltaram a se mobilizar nesta quinta-feira, dia 15.
Em Salonica, a segunda maior cidade na Grécia, trabalhadores protestaram contra a presença do vice-ministro do Trabalho da Alemanha, Hans-Joachim Fuchtel, em uma reunião entre prefeitos gregos e alemãos.
Em Valência, Espanha, membros do movimento “Parar com Despejos” entraram na casa de uma proprietária na tentativa de impedir que ela fosse expulsa de sua casa por uma comissão judicial.
Na quarta-feira, dia 14, no exato momento em que milhões de trabalhadores paralisavam as atividades em centenas de cidades da Espanha, Portugal e Grécia contra a política de “austericídio” fiscal – mescla de austeridade com genocídio -, as centrais sindicais brasileiras tomaram a frente do Consulado da Espanha em São Paulo para repudiar o receituário neoliberal imposto pela troika (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e União Europeia). Ao mesmo tempo, chamaram a atenção do governo federal para a necessidade de ampliar os investimentos sociais e fortalecer a indústria nacional, “a fim de criar as condições para enfrentar os impactos negativos da crise”.

Dados

Na Espanha, onde o governo se envergou à cartilha dos especuladores, os números estampam a devastação: 13 milhões de pessoas, cerca de 27% da população, vivendo abaixo da linha de pobreza, com o desemprego na juventude ultrapassando os 55%. A Grécia foi mergulhada numa recessão semelhante aos trágicos tempos da segunda guerra com 1,15 milhão de desempregados, desemprego juvenil beirando os 55% e com 30% da população abaixo da linha de pobreza. Portugal ultrapassa os 15% de desempregados, com o governo empenhado em “flexibilizar” as relações de trabalho, com o aumento da jornada, cortes nos salários, nas férias e no 13º salário. Em todos os países, junto à insegurança e aos despejos, crescem os suicídios.
 
Frases
“Estamos dando um alerta ao governo brasileiro: se o Estado não tomar medidas mais efetivas e eficazes em defesa da indústria nacional, valorizando os salários e a distribuição de renda, a crise vai chegar ao Brasil”, ressaltou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas.
“A crise econômica revela a falência do sistema capitalista, excludente, incapaz e incompetente, onde meia dúzia de financistas, de especuladores, de donos de um dinheiro virtual, que não existe, tomam o que é nosso, que é público, para se darem bem às custas da desgraça de todos. Um sistema assim é um desrespeito à Humanidade”, adicionou Freitas.

Representando a CSP-Conlutas, Dirceu Travesso (Didi), sublinhou que a unidade e a mobilização das centrais é essencial para fazer frente ao “peso da crise econômica que o imperialismo quer colocar sobre as nossas costas”. “Se essas medidas passarem na Europa, nós ficaremos mais fragilizados aqui. Agora, no Brasil, há quem fale em “flexibilizar” as relações de trabalho, em ‘modernizar’, para abrir caminho ao capital, com a Justiça ao seu lado, a fim de retirar direitos”, denunciou.

Dirigente da Confederação Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA) e vice-presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Laerte Teixeira, frisou que “as medidas de austeridade não têm dado certo”. “Não podemos deixar que os trabalhadores paguem novamente a conta da crise”.

O presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Ubiraci Dantas de Oliveira, disse que ”se os movimentos estão explodindo por toda a Europa é porque seus governos estão tentando implantar uma política de terra arrasada, substituindo o Estado pelo privado. Esta é a política do capitalismo financeiro, que enche o bolso dos banqueiros e especuladores com o dinheiro tirado dos salários e das aposentadorias, com o dinheiro sangrado dos investimentos”.

Vindos da Argentina, Canadá, Colômbia e Estados Unidos, lideranças da Coordenação de Trabalhadores da Rede Gerdau se somaram ao ato. “Neste momento em que a classe trabalhadora europeia sofre com a agudização da crise, a nossa palavra comum é de estímulo à luta e resistência”, declarou Jorge Garcia, coordenador da rede.

Com informações da CUT Nacional

 



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