A
Concessionária Invepar, responsável pela administração do Aeroporto
Internacional de Guarulhos, planeja construir um monotrilho para
viabilizar o transporte dentro do complexo aeroportuário, sem que
nenhum passageiro precise gastar mais de dez minutos entre uma e
outra parada. O sistema elevado sobre trilhos, que tem uma
estimativa preliminar de custo de US$ 40 milhões, deve estar em
operação até 2016.
De acordo com Antônio Miguel Marques, presidente da Concessionária,
o planejamento foi feito com paradas interligando os dois terminais
de passageiros existentes (T1 e T2), o novo terminal em construção
(T3) e o terminal remoto (T4) que está a dois quilômetros da
estrutura principal. Tem ainda extensões previstas para a área
reservada a um centro de convenções e para o setor que abrigará
futuras estações da CPTM e do trem de alta velocidade Rio - São
Paulo-Campinas.
"É um projeto factível, mas intimamente ligado à chegada do sistema
ferroviário ao Aeroporto", afirmou Marques, reconhecendo que as
distâncias entre cada um desses pontos são difíceis de vencer a pé,
o que indica a necessidade do monotrilho. Segundo ele, a população
permanente do Aeroporto (basicamente funcionários) é de 30 mil
pessoas e deve chegar a 50 mil com a plena operação do TPS3 e do
novo terminal de cargas, o que reforça essa necessidade. “A
população flutuante (passageiros e acompanhantes) já alcança 300
mil pessoas por dia”, completa Marques.
O governo estadual promete desengavetar, a partir do ano que vem,
um ramal de 11,5 quilômetros da Companhia Paulista de Trens
Metropolitanos (CPTM). É a chamada Linha 13-Jade, com capacidade
prevista para 120 mil passageiros por dia e ligação prevista com a
estação Engenheiro Goulart, na zona leste de São Paulo.
Paralelamente, o governo federal pretende colocar um trem-bala em
operação até 2020, com paradas nos aeroportos de Viracopos, de
Guarulhos e do Galeão.
Empenhado em desfazer a impressão de que a Invepar fez uma proposta
ousada demais pela concessão de Guarulhos, com um desembolso anual
de aproximadamente R$ 800 milhões em outorga à União, Marques
insiste na atratividade do plano comercial da Concessionária,
elaborado pela austríaca ACV. Hoje a receita do maior Aeroporto do
País fica perto de R$ 1 bilhão por ano. "Achamos possível
quadruplicar esse valor no horizonte de dez anos."
A concessionária, liderada pela Invepar e com participação
minoritária da sul-africana ACSA, anunciou recentemente o projeto
de instalação de dois hotéis no novo T3. Um deles ficará no espaço
alfandegado do Aeroporto, dedicado a passageiros em conexão, que
não precisam sair da área de embarque para se hospedar. Outro será
na área externa.
O executivo diz que já iniciou as tratativas para viabilizar dois
outros hotéis, dentro da área de concessão do Aeroporto: um três
estrelas no novo terminal de cargas e mais um cinco estrelas, que
estará ao lado de um centro de convenções. Para atrair
investidores, no entanto, Marques está convencido de que precisa
oferecer um prazo de exploração entre 25 e 30 anos para eventuais
interessados. O problema é que esse prazo supera o período de
concessão do Aeroporto em si, que é de 20 anos. Para resolver o que
ele considera uma trava, pediu ao governo que aceite um compromisso
de honrar - após o término da concessão - o contrato com esses
investidores.
Por enquanto, a Infraero ainda gere o Aeroporto e toma as decisões,
com acompanhamento da nova concessionária privada. A partir de 14
de novembro, os papéis se invertem, às vésperas de um feriado que
juntará a Proclamação da República com o Dia da Consciência Negra.
A Concessionária preparou um "plano de contingência" para o
feriadão, que se estenderá até o fim das férias escolares,
incluindo o Natal e o Ano Novo. "Haverá reforço de pessoal e de
equipamentos”, anuncia.
Uma novidade, além da anunciada troca na sinalização visual dos
terminais, será a dispensa de leitura ótica dos cartões para
permitir o acesso dos passageiros às áreas de embarque. Parece um
detalhe, segundo ele, mas são segundos adicionais que podem se
transformar em longas filas quando o aeroporto está cheio.
A Invepar fechou com Maria Fernanda Coelho, ex-presidente da Caixa
Econômica Federal (CEF), para cuidar da parte de relações
institucionais. Maria Fernanda, que esteve à frente do banco
estatal durante o segundo mandato do ex-presidente Lula, passou um
período na Venezuela, onde participava da Gran Misión Vivienda,
versão chavista do programa habitacional Minha Casa, Minha
Vida.
A nova concessionária de Guarulhos tem participação privada
majoritária (51%) e a outra fatia é da Infraero (49%). Do lado
privado, a Invepar tem 90% do capital, enquanto a operadora
sul-africana ACSA detém 10%. Ela opera aeroportos como o de
Joanesburgo e o de Mumbai (Índia). O grupo ofereceu outorga de R$
16,2 bilhões, no leilão de 6 de fevereiro, com ágio de 373%, um
valor considerado inviável pelos demais
concorrentes.
Com informações do SINA
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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