Com a
proximidade do fim dos trabalhos da Comissão Mista Parlamentar de
Inquérito (CPMI) que investiga a violência contra as mulheres,
alguns encaminhamentos começam a ser desenhados. Um deles seria a
necessidade de aperfeiçoar a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006),
principal mecanismo judicial para coibir a violência doméstica
contra as mulheres. Na terça-feira, dia 23, parlamentares e o
consórcio de entidades civis que elaboraram o texto do projeto
inicial reuniram-se, no Senado Federal, para avaliar a legislação
existente e o impacto das mais de 47 modificações propostas, por
meio de projetos que tramitam nas duas Casas Legislativas do
País.
Segundo a
relatora da Comissão Parlamentar, senadora Ana Rita (PT-ES), desde
o início dos trabalhos do grupo, em fevereiro deste ano, 36
projetos na Câmara dos Deputados e 10 proposições no Senado estão
com a tramitação paralisada, aguardando o resultado dos trabalhos
da CPMI. Outras alterações que também impactam diretamente a
aplicação da Lei estão colocadas na proposta de reforma do Código
Penal Brasileiro. Em meio a tantas propostas de atualização, a
senadora acredita que é fundamental ouvir as entidades
idealizadoras da Lei Maria da Penha. “Se houver necessidade de
ajustes na Lei, nós faremos. Mas, para isso, é preciso discutir com
as entidades que ajudaram a criar a legislação”,
ponderou.
Nas diversas
audiências públicas realizadas pelo País, ficou evidenciada,
segundo Ana Rita, a dificuldade de policiais, delegados, promotores
e até juízes de colocarem em prática os comandos da Lei Maria da
Penha. Essa impressão foi confirmada, na reunião, pela promotora do
Mato Grosso Lindinalva Rodrigues, para quem é mais urgente “mudar a
mentalidade dos operadores do Direito” do que a Lei
11.340.
A
senadora petista também citou outros problemas associados ao
cumprimento da Lei Maria da Penha, como a falta de profissionais e
a precariedade na estrutura física de delegacias e varas
especializadas em atendimento à mulher. A solução passa, como
ressaltou, pela ampliação das verbas para financiamento das ações
de enfrentamento à violência contra a mulher, que devem estar
previstas, segundo a parlamentar, inclusive no próprio Orçamento da
União. “É preciso recursos financeiros para dotar essas
instituições públicas de pessoal e de condições dignas para
funcionarem adequadamente”, ressaltou Ana Rita.
Próximos
passos
Além da avaliação sobre o encaminhamento que será sugerido aos
projetos que visam modificar a Lei Maria da Penha, a CPI da
Violência contra a Mulher vai retomar, em novembro, as audiências
públicas estaduais. “Temos um cronograma de audiências em mais
cinco estados [Rio de Janeiro, Ceará, Mato Grosso do Sul, Amazonas
e Distrito Federal]; realizaremos mais duas audiências no Senado e,
a partir disso, iremos concluir o relatório, que deverá ser
entregue no início de dezembro”, informou Ana
Rita.
Com informações do PT no Senado
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