Essa é a
visão de especialistas que participaram da segunda mesa do
seminário Mobilidade Urbana e Transportes Públicos no Estado de São
Paulo, promovido pela Bancada do PT na Assembleia Legislativa, em
maio e que possibilitou aos debatedores apresentaram propostas para
melhorar a mobilidade na Região Metropolitana de São Paulo.
Coordenada pelo deputado Donisete Braga, a mesa contou com a
participação do professor da USP, Jaime Weismman, do ex-ministro da
Educação e candidato à prefeitura, Fernando Haddad, o deputado
federal Carlos Zarattini e o líder da Bancada do PT, deputado
Alencar Santana Braga.
Para o líder petista, o tema do transporte é uma preocupação
recorrente da população porque afeta diretamente suas vidas. “É um
tema que vai estar na pauta ainda por muitos anos. A solução que
nós esperamos não é imediata, mas, no mínimo, se os seguidos
governos tucanos no Estado tivessem cumprido suas metas,
estabelecidas no Planos Plurianuais, a situação seria bem diferente
do atual caos que vivemos”.
“A questão do transporte em São Paulo envolve todos os
trabalhadores, empregadores e famílias”, enfatizou Fernando Haddad.
Para ele, o principal agravante da situação é a falta de
planejamento urbano, já que o deslocamento dos bairros de moradia e
dos que tem emprego é cada vez maior.
Abandono dos corredores de ônibus
Um ponto que deve ser destacado, segundo Haddad, foi o abandono dos
investimentos em ônibus nos últimos oito anos. “Se os investimentos
seguissem o ritmo que estava sendo feito na gestão Marta Suplicy,
hoje poderíamos ter entre 250 km e 300 km de corredores de ônibus”.
Tão importante como os investimentos é preciso ter projeto, porque
há recursos, como por exemplo os do PAC Mobilidade, defendeu o
ex-ministro.
O professor Jaime Weismman afirmou que para se melhorar
efetivamente a questão da mobilidade na Região Metropolitana pelo
menos, metade dos deslocamentos urbanos sejam feitos por transporte
público. Um estudo mostra que esses deslocamentos por transporte
públicos vêm caindo ano a ano na cidade de São Paulo. Em 1977, eles
representavam 62%, em 1987 baixou pra 56% e em 2007 caiu ainda
mais, com índice 44%.
Como propostas o professor enumerou melhorar a circulação viária,
com políticas de restrição à circulação de caminhões e automóveis e
ao estacionamento nas vias públicas; políticas de fiscalização, com
apreensão de veículos irregulares; políticas de desenvolvimento da
autoridade de trânsito, com sistema de monitoramento, treinamento e
capacitação de pessoal, modernização e ampliação dos equipamentos;
políticas públicas com educação no trânsito para pedestres,
ciclistas e motociclistas.
Situação aguda nas regiões metropolitanas
O deputado federal Carlos Zarattini explicou que hoje existe um
debate político em relação ao transporte porque vivemos uma
situação aguda nas regiões metropolitanas do Estado.
“O transporte nestes locais deveria ser gestionado pelo governo do
Estado, mas, ao contrário disso, há apenas promessas que não saem
do papel como são os casos do VLT de Santos e do corredor
Campinas-Americana”, exemplificou o deputado.
Para ele, temos que fazer o debate de qual é o papel dos governos
federal, estadual e municipal e pensar o desenvolvimento urbano e o
planejamento em transporte. “Adequar o transporte a essa visão de
futuro”, explicou.
Como propostas, o deputado considera fundamental implantar
corredores de ônibus, resolver o transporte de cargas, melhorar o
transporte de carro e pensar políticas públicas específicas para a
questão da bicicleta, da motocicleta e da pessoa com
deficiência.
Com
informações do PT Guarulhos
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