O Portal da
CNTT-CUT divulga matéria do jornal Diário do Grande ABC, sobre a
regulamentação da profissão de motorista, com uma entrevista com o
presidente da Confederação, João Paulo Eustásia. Confira
abaixo:
Motoristas têm conquistas com nova legislação
Os
motoristas, principalmente os que trabalham em trajetos de longa
distância no transporte de cargas ou de passageiros, alcançaram
algumas conquistas, com a regulamentação da profissão, obtida com a
recente aprovação da Lei 12.619/2012.
A
legislação, que entra em vigor nesta sexta-feira, dia 15, passa a
exigir das empresas o controle de jornada, o que pode ser feito,
por exemplo, com dispositivos como rastreador e tacógrafo. Outro
item é o direito a repouso de 11 horas a cada 24 horas trabalhadas
e intervalo mínimo de 1 hora para cada 4 horas ininterruptas no
volante.
Segundo Paulo
João Estáusia, presidente da CNTT-CUT (Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Transportes
da CUT), essas
são antigas reivindicações da categoria, para que se tenha um
"trabalho mais digno", sem a necessidade de jornadas extenuantes e
que levam o profissional a fazer, muitas vezes, uso de drogas para
se manter acordado e chegar rápido ao destino.
Dessa forma, a
legislação é uma garantia para o empregado. No entanto, também
estabelece responsabilidades aos profissionais, que poderão se
submeter a testes e a programas de controle de uso de drogas e de
bebida alcoólicas, instituídos pelo empregador, observa o
especialista em Direito do trabalho Ricardo Matias, do escritório
Viseu Advogados. Ele salienta, por outro lado, que a exigência de
paradas para descanso trará a necessidade de melhorias de
infraestutura. "É preciso cobrar do governo melhores condições nas
estradas para alojamento e alimentação."
Empresas
As
transportadoras correm contra o tempo para se adaptarem à
legislação, afirma o presidente do Setrans ABC (Sindicato das
Empresas de Transporte de Carga do Grande ABC), Salum Kalil Neto. A
entidade tem promovido palestras para orientar, sobretudo, em
relação aos sistemas de controle.
O
dirigente assinala que, depois das adaptações, a norma pode até ser
benéfica. Ele cita que o ‘tempo de espera', por exemplo, vai
demandar despesa menor do que o pagamento de horas
extras.
O
que faltou
Houve avanços
para os trabalhadores, mas a lei não agradou totalmente a
categoria. "A preocupação foi mais em relação à segurança, havia
esperança de que voltasse a aposentadoria especial (aos 25 anos de
trabalho), como era antes de 1998", diz Marco Antônio Aleixo,
diretor do Sindicato dos Rodoviários do ABC. E observa que a norma
só contempla quem tem registro em carteira. "Os autônomos são 50%
da frota."
Leone Farias - Diário do Grande ABC
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