CNTT-CUT faz retrospectiva da série “As trabalhadoras do Transporte”

Foram entrevistadas mulheres de todos os modais que estão na base da Confederação.


Publicação: 22/10/2010
Imagem de CNTT-CUT faz retrospectiva da série “As trabalhadoras do Transporte”

O Espaço Mulher do Portal da CNTT-CUTrealizou uma série de entrevistas com as mulheres trabalhadoras do transporte visando divulgar e valorizar o dia a dia da profissão de cada trabalhadora neste ramo, considerado majoritariamente masculino. A série “As trabalhadoras do transporte” iniciou com a entrevista com a Secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CNTT-CUT e aeronauta, Marlene Terezinha Ruza. As entrevistas mostraram para os leitores e leitoras suas expectativas, histórias e desafios.  Foram entrevistadas trabalhadoras aeroviárias, portuárias, aeroportuárias, ferroviárias, viárias, rodoviárias e metroviárias. O Portal CNTT-CUT agradece a todas as mulheres trabalhadoras do transporte que colaboraram com suas histórias. Agora, a nova série da seção Mulher do Portal da CNTT-CUT abordará “Os direitos das trabalhadoras do transporte”. A seguir, confira uma retrospectiva dos melhores momentos das nossas mulheres guerreiras e poderosas do transporte.

  
Tereza Paz, aviadora
A comandante que trabalha na companhia área Trip pilota há 29 anos. Para ela, voar sempre foi um sonho de criança. “Quando eu era pequena, eu pedia aos meus pais pra tomar café no aeroporto só pra ver os aviões”, conta. A comandante fez cursos para pilotar e começou muito cedo. “Aos 26 anos eu estava com todas as habilitações necessárias para trabalhar na área”.
Por fim ela dá um valioso conselho às mulheres que gostariam de pilotar um avião. “Por mais que seja uma área dominada pelos homens, não desista, vá atrás do seu sonho”.
 
Ivania Moura, metroviária
Ela é operadora de estação na Saúde (linha azul) da Companhia Metropolitana de São Paulo e atua na profissão há 29 anos. Para ela, “o setor de transportes é um dos mais machistas que existe, e tem menos mulheres trabalhando”. Ivania conta que, infelizmente, já presenciou chefias discriminando as mulheres. “Eles dizem que o metrô é serviço para homem”.
Por fim diz que as mulheres têm que participar mais da vida política. “Sei que é  difícil, mas precisamos  mudar este jogo. Afinal, somos mais da metade da população brasileira (51,2%)”.
 
Cristiane da Silva Rodrigues, motorista de ônibus
A motorista de ônibus na empresa VIP da capital paulista trabalha há oito anos na profissão. Ela diz que sentiu muita dificuldade para conseguir passar de cobradora, sua função inicial, à motorista de ônibus. “A empresa não queria que eu fizesse a escolinha, que era um curso preparatório para a função. Todas as vezes que eu conversava com o meu chefe ouvia uma desculpa diferente”, relata.
Cristiane conta que já foi descriminada por ser mulher, “já tive que pedir para alguns passageiros desembarcarem de tanto que eles me ofendiam. Mas aprendi a lidar melhor com essa situação, e hoje tento levar com bom humor”.
Natália Ambrósio, aeroviária
A aeroviária trabalha na Gol Linhas Aéreas há dez anos e diz que no início sua maior dificuldade foi lidar com o ruído do aeroporto. “O barulho da turbina dos aviões é muito forte”, explica. Ela aconselha para quem deseja auar na profissão é importante "gostar de trabalhar no aeroporto e saber pelo menos dois idiomas". A trabalhadora defende que as mulheres ocupem cada vez mais espaços no mercado de trabalho e na sociedade. "Temos que lutar pela igualdade em todas as categorias para o nosso próprio benefício e a mudança de nosso País”.
 
Raquel Souza, comissária de bordo
A comissária de bordo trabalha na companhia Gol Linhas Aéreas e exerce a profissão há 19 anos. Ela conta que a motivação para escolher a profissão veio do fato de poder estar em um lugar diferente. “Trabalho dentro de um avião, conheço pessoas e lugares novos e tenho que lidar com passageiros de diferentes culturas”.
Raquel conta que a maior dificuldade da profissão é à distância da família e também a falta de rotina. “Vamos para o hotel à noite e a solidão acaba incomodando. A alimentação é bem diferente e precisamos nos acostumar com os horários e opções”, explica.Para a trabalhadora, é preciso estudar para entrar na profissão. “É importante manter-se atualizado sobre o mundo e ter conhecimentos gerais, pois hoje em dia, o conhecimento é fundamental”.

Damiana Candido, agente de trânsito
A agente de trânsito, ou marronzinha,  trabalha na Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo e atua na profissão há 24 anos.Ela conta que por trabalhar na rua, diretamente com o público, ouve muitas calúnias. “Eles falam que mulher só serve para pilotar fogão”.Damiana diz que se sente gratificada por trabalhar nesta profissão mas reclama da falta de educação dos motoristas . “O brasileiro não é educado o suficiente no trânsito e age de várias maneiras tentando nos agredir”, conta. Mas ela não esmorece “sou agente de trânsito e o meu dever é fazer com que se cumpra a lei”.

Maria do Amparo, ferroviária
A ferroviária aposentada trabalhou no setor ferroviário na área administrativa da Vale do Rio Doce durante 15 anos. Para ela, naquela época, a maior dificuldade era trabalhar em um ambiente masculino. “Trabalhei na área de Recursos Humanos, então, a maioria dos trabalhadores da ferrovia era homens, e eu lidava diretamente com eles. Alguns não gostavam de receber orientações de uma mulher. Nessas horas têm que ter jogo de cintura, e exigir respeito no ambiente de trabalho”.
Maria se lembra com nostalgia a época em que trabalhou no setor ferroviário e aconselha, “Hoje, as mulheres estão mais presentes na profissão, mas mesmo assim considero que é preciso se impor”.
 
Rosemeyre da Conceição Duarte, controladora de tráfego
Cursando o curso superior de gestão portuária, a trabalhadora trabalha no Terminal 37 do Porto de Santos e aconselhou às trabalhadoras que sonham em trabalhar nesta profissão a não desistirem nunca! “Tem que ter muita força de vontade, pois a área no cais é difícil, tem chuva, tem sol e muita correria. Tem que querer muito”.
Solange Maria Farias, aeroportuária
Seu sonho era ser funcionária pública de uma estatal federal. E realizou. Há 10 anos, trabalha na Empresa Aeroportuária Brasileira (Infraero). “Olha, acho que as mulheres estão aptas a desenvolver qualquer profissão, isso é fato! Por isso mesmo, o meu conselho seria “vamos em frente, não existem barreiras, só depende de nós”, finaliza.
Viviane Barbosa, editora do Portal da CNTT-CUT com a colaboração de Gisele Macedo

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