O Espaço Mulher do Portal da
CNTT-CUTrealizou uma série de entrevistas com as mulheres
trabalhadoras do transporte visando divulgar e valorizar o dia a
dia da profissão de cada trabalhadora neste ramo, considerado
majoritariamente masculino. A série “As trabalhadoras do
transporte” iniciou com a entrevista com a Secretária Nacional da
Mulher Trabalhadora da CNTT-CUT e aeronauta,
Marlene
Terezinha Ruza. As entrevistas mostraram para os leitores e leitoras
suas expectativas, histórias e desafios. Foram entrevistadas trabalhadoras aeroviárias, portuárias,
aeroportuárias, ferroviárias, viárias, rodoviárias e
metroviárias. O Portal CNTT-CUT agradece a todas as mulheres
trabalhadoras do transporte que colaboraram com suas histórias.
Agora, a nova série da seção Mulher do Portal da CNTT-CUT abordará
“Os direitos das trabalhadoras do transporte”. A seguir,
confira uma retrospectiva dos melhores momentos das nossas mulheres
guerreiras e poderosas do transporte.
Tereza
Paz, aviadora
A comandante que trabalha na companhia área
Trip pilota há 29 anos. Para ela, voar sempre foi um sonho de
criança. “Quando eu era pequena, eu pedia aos meus pais pra tomar
café no aeroporto só pra ver os aviões”, conta. A comandante fez cursos para pilotar e começou
muito cedo. “Aos 26 anos eu estava com todas as habilitações
necessárias para trabalhar na área”.
Por fim ela dá um valioso conselho às mulheres
que gostariam de pilotar um avião. “Por mais que seja uma área
dominada pelos homens, não desista, vá atrás do seu
sonho”.
Ivania Moura, metroviária
Ela é operadora de estação na Saúde (linha azul) da Companhia
Metropolitana de São Paulo e atua na profissão há 29 anos.
Para ela, “o setor de transportes é um dos mais machistas que
existe, e tem menos mulheres trabalhando”. Ivania conta que,
infelizmente, já presenciou chefias discriminando as mulheres.
“Eles dizem que o metrô é serviço para homem”.
Por fim diz que as mulheres têm
que participar mais da vida política. “Sei que é
difícil, mas precisamos mudar este jogo. Afinal, somos mais
da metade da população brasileira (51,2%)”.
Cristiane
da Silva Rodrigues, motorista de ônibus
A motorista de ônibus na empresa
VIP da capital paulista trabalha há oito anos na profissão.
Ela diz que sentiu muita dificuldade para conseguir passar de
cobradora, sua função inicial, à motorista de ônibus. “A
empresa não queria que eu fizesse a escolinha, que era um curso
preparatório para a função. Todas as vezes que eu conversava com o
meu chefe ouvia uma desculpa diferente”, relata.
Cristiane conta que já foi
descriminada por ser mulher, “já tive que pedir para alguns
passageiros desembarcarem de tanto que eles me ofendiam. Mas
aprendi a lidar melhor com essa situação, e hoje tento levar com
bom humor”.
Natália
Ambrósio, aeroviária
A aeroviária trabalha na Gol Linhas Aéreas
há dez anos e diz que no início sua maior dificuldade foi
lidar com o ruído do aeroporto. “O barulho da turbina dos aviões é
muito forte”, explica. Ela aconselha para quem
deseja auar na profissão é importante "gostar de
trabalhar no aeroporto e saber pelo menos dois idiomas". A
trabalhadora defende que as mulheres ocupem cada vez mais
espaços no mercado de trabalho e na sociedade. "Temos que
lutar pela igualdade em todas as categorias para o nosso
próprio benefício e a mudança de nosso País”.
Raquel
Souza, comissária de
bordo
A
comissária de bordo trabalha na companhia Gol Linhas Aéreas e exerce a
profissão há 19 anos. Ela conta que a motivação para escolher a
profissão veio do fato de poder estar em um lugar
diferente. “Trabalho dentro de um avião, conheço pessoas e lugares
novos e tenho que lidar com passageiros de diferentes
culturas”.
Raquel
conta que a maior dificuldade da profissão é à distância da família
e também a falta de rotina. “Vamos para o hotel à
noite e a solidão acaba incomodando. A alimentação é bem diferente
e precisamos nos acostumar com os horários e opções”, explica.Para
a trabalhadora, é preciso estudar para entrar na profissão. “É
importante manter-se atualizado sobre o mundo e ter conhecimentos
gerais, pois hoje em dia, o conhecimento é
fundamental”.
Damiana
Candido, agente de
trânsito
A agente de trânsito, ou marronzinha,
trabalha na Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo e
atua na profissão há 24 anos.Ela conta que por trabalhar na rua,
diretamente com o público, ouve muitas calúnias. “Eles falam que
mulher só serve para pilotar fogão”.Damiana diz que se sente
gratificada por trabalhar nesta profissão mas reclama da falta de
educação dos motoristas . “O brasileiro não é educado o
suficiente no trânsito e age de várias maneiras tentando nos
agredir”, conta. Mas ela não esmorece “sou agente de trânsito e o
meu dever é fazer com que se cumpra a lei”.
Maria do
Amparo,
ferroviária
A ferroviária aposentada trabalhou no
setor ferroviário na área administrativa da Vale do Rio Doce
durante 15 anos. Para ela, naquela época, a maior dificuldade era
trabalhar em um ambiente masculino. “Trabalhei na área de Recursos
Humanos, então, a maioria dos trabalhadores da ferrovia era homens,
e eu lidava diretamente com eles. Alguns não gostavam de receber
orientações de uma mulher. Nessas horas têm que ter jogo de
cintura, e exigir respeito no ambiente de
trabalho”.
Maria se
lembra com nostalgia a época em que trabalhou no setor ferroviário
e aconselha, “Hoje, as mulheres estão mais presentes na profissão,
mas mesmo assim considero que é preciso se
impor”.
Rosemeyre da
Conceição Duarte,
controladora de tráfego
Cursando o
curso superior de gestão portuária, a trabalhadora trabalha
no Terminal 37 do Porto de Santos e aconselhou às
trabalhadoras que sonham em trabalhar nesta profissão a não
desistirem nunca! “Tem que ter muita força de vontade, pois a área
no cais é difícil, tem chuva, tem sol e muita correria. Tem que
querer muito”.
Solange Maria
Farias, aeroportuária
Seu sonho era ser funcionária pública de uma
estatal federal. E realizou. Há 10 anos, trabalha na Empresa
Aeroportuária Brasileira (Infraero). “Olha, acho que as mulheres
estão aptas a desenvolver qualquer profissão, isso é fato! Por isso
mesmo, o meu conselho seria “vamos em frente, não existem
barreiras, só depende de nós”, finaliza.
Viviane Barbosa, editora do Portal da
CNTT-CUT com a colaboração de Gisele
Macedo
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