No próximo
dia 31 de outubro brasileiros e brasileiras de Norte a Sul deste
país irão às urnas decidir democraticamente os rumos a serem
trilhados pelos próximos quatro anos por nosso país. O Brasil está
prestes a eleger pela 1ª vez na sua história uma mulher para ocupar
a Presidencia da República, a ex-ministra chefe da Casa Civil,
Dilma Roussef. Este fato nos enche de orgulho e alegria, já que é
um passo importante na quebra de preconceitos contra as mulheres.
Entretanto, a razão fundamental para votarmos em Dilma não reside
unicamente no fato dela ser mulher, e sim porque é ela quem
representa a continuidade e aprofundamento de um projeto político
comprometido com a melhoria de vida da classe trabalhadora e com a
igualdade entre homens e mulheres.
Os oito anos de governo Lula foram marcados por um modelo de
desenvolvimento a favor do crescimento do país, que possibilitaram
que cerca de 32 milhões de brasileiros e brasileiras saíssem da
miséria, com políticas que incentivaram a criação de mais de 14
milhões de novos postos de trabalho, a valorização do salário
mínimo e a distribuição de renda. Este modelo precisa ser
radicalizado e a única candidatura capaz de assumir esta tarefa é a
da companheira Dilma Roussef.
Assim como Lula, Dilma é militante do Partido dos Trabalhadores, os
dois são, portanto, lideranças de um mesmo projeto comprometido com
a melhoria de vida da classe trabalhadora e o aprofundamento da
democracia. É ela a candidata capaz de elevar o Brasil à condição
de uma das maiores e mais consistente economia mundial, com a
consolidação de uma nação que respeita a diversidade, mas que quer
igualdade e justiça social.
Sob o Governo Lula o Brasil cresceu, mas o crescimento econômico
não é condição suficiente para a conquista da igualdade entre
homens e mulheres. Para isso, é preciso uma ação forte e decidida
do Estado orientada pelo princípio da igualdade de direitos. E,
nesse sentido, nos últimos oito anos muito tem sido feito para
melhorar a vida das mulheres trabalhadoras.
A criação, desde o início do primeiro mandato, da Secretaria
Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) e da Secretaria
Especial de Políticas para Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR),
ambas com status de Ministério, já foram mostras do compromisso
institucional do Governo Federal com políticas para Igualdade.
O crescimento do emprego significou que para cada duas vagas que
existiam em 2022, foi criada mais uma. Enquanto no Governo PSDB o
Brasil batia recordes do numero de pessoas desempregadas, no
Governo Lula e Dilma, os recordes foram de criação de emprego e
formalização do trabalho com ampliação dos trabalhadores e
trabalhadoras que estavam no trabalho informal e tiveram a sua
carteira de trabalho assinada. Essa ampliação de postos de trabalho
possibilitou uma maior incorporação das mulheres ao mercado de
trabalho, ponto inicial para a conquista da autonomia econômica
pessoal. Junto com o crescimento do emprego, a formalização avançou
nos últimos oito anos. No setor de comércio e serviços, por
exemplo, onde temos maioria de mulheres, o numero de
trabalhadoras/es com registro cresceu 56%.
No emprego doméstico, a ocupação que emprega cerca de 8 milhões de
mulheres, entre 2004 e 2009, o número de trabalhadoras que passaram
a ter carteira de trabalho assinada avançou 20%. Esta
formalização foi incentivada com programas de isenção da parcela do
Imposto de renda para os empregadores/as que formalizem suas
empregadas domésticas.Ainda no tema do emprego doméstico, a posição
favorável do governo brasileiro na 99ª Conferência da Organização
Internacional do Trabalho (OIT), por uma Convenção Internacional
que regule o trabalho doméstico foi determinante para que outros
países tivessem a mesma posição do Brasil. Nosso país foi
protagonista neste debate internacional em defesa das trabalhadoras
domésticas.
De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(PNAD) 2009, cerca de 77% das mulheres em idade ativa tem
remuneração que não ultrapassa dois salários mínimos (para os
homens a taxa é de 66%), por isso a política de valorização do
salário mínimo conquistada pelas Centrais Sindicais em negociação
com o Governo Lula beneficiou toda a classe trabalhadora,
mas, principalmente, às mulheres. O salário mínimo saiu de R$200,00
em abril de 2002 para R$ 510,00 em janeiro de 2010. Além de
melhorar a renda do trabalho, o aumento real do salário mínimo
beneficia as menores aposentadorias e os benefícios assistenciais a
idosos/as, dois casos em que as mulheres predominam. Neste período
eleitoral o candidato do PSDB/DEM apresenta propostas mirabolantes
para tentar enganar a população brasileira, afirmando que vai
aumentar o salário mínimo num valor superior do que a candidata
Dilma. Entretanto, o povo não se deixará enganar com falsas
promessas, sabe que foi o Governo Lula que firmou acordo com as
Centrais Sindicais para valorização do salário mínimo e que somente
Dilma seguirá honrando este acordo.
Os programas sociais do atual governo também modificaram
positivamente a vida das mulheres. Os investimentos destes
programas de enfrentamento à miséria passaram de cerca de 2 bilhões
em 2002, para quase 12 bilhões em 2009. Ao conceder às mulheres
estes benefícios como o ‘Bolsa Família’, elas tem sua posição na
família diferenciada, já que são elas que tem o controle do
dinheiro. Além disso, outros programas como ‘Minha Casa Minha Vida’
e ‘Luz para Todos’ são direcionados aos setores mais pobres e
marginalizados da sociedade, onde as mulheres são maioria.
No campo, destaca-se o programa de documentação das trabalhadoras
rurais coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Este programa, através de mutirões itinerantes, beneficiou
445 mil mulheres com a emissão gratuita de mais de um milhão de
documentos civis e trabalhistas para as trabalhadoras da
agricultura familiar, assentadas da reforma agrária, acampadas,
extrativistas, indígenas e quilombolas. De posse dos documentos, as
mulheres passam a ser reconhecidas como cidadãs brasileiras e podem
participar dos programas sociais do Governo Federal e dos
benefícios da previdência social, como aposentadoria e salário
maternidade.
Com a documentação em ordem, as mulheres também puderam ser
incluídas no PRONAF Mulher, que é uma linha de financiamento
específico para as mulheres pescadoras, agricultoras familiares,
assentadas da reforma agrária, avicultoras, silvicultoras,
ribeirinhas, quilombolas, extrativistas e indígenas inseridos na
produção familiar.
Há ainda que ser mencionada a Lei que o Brasil todo conhece: a Lei
Maria da Penha. Criada no Governo Lula em 2006 para combater a
violência doméstica e familiar contra as mulheres esta Lei tem
buscado garantir uma vida mais digna para as mulheres do campo e da
cidade. Mesmo com grande resistência de implementação dos setores
da direita e de governos estaduais como São Paulo, Minas Gerais e
Rio Grande do Sul, estados atualmente governados pelo PSDB/DEM, é
uma conquista imensurável para milhões de mulheres que passaram a
ter um amparo legal que cria mecanismos para coibir e punir
criminalmente a violência sexista.
Em SP, por exemplo, sob o Governo Serra e PSDB, o investimento no
combate à violência sexista contra as mulheres é pífio. Há somente
uma delegacia de atendimento às mulheres funcionando sustentada
pelo Governo Estadual, que fica no centro da capital. As demais
delegacias existem por vontade e esforço das prefeituras, que cedem
investimentos, prédios e trabalhadores e trabalhadoras para o
atendimento. Serra é contra o pacto de combate a violência criado
pelo governo Lula, este programa envia para os estados e municípios
dinheiro do governo federal para investimento em equipamentos de
proteção as mulheres vítimas da violência.
O projeto que Dilma defende, realiza dezenas de Conferências
Nacionais para embasar suas ações nos mais diferentes temas, caso
das duas Conferências de Políticas para Mulheres, da Conferência
dos Meios de Comunicação, de Saúde, de Direitos Humanos e tantas
outras.
E é por estes avanços e conquistas e por seguir na defesa
intransigente dos interesses da classe trabalhadora e da igualdade
entre homens e mulheres, sabendo que ainda há muito a ser feito na
disputa com o capital financeiro, com os grandes meios de
comunicação, o agronegócio e os setores neoliberais para
radicalizarmos o projeto democrático e popular iniciado no Governo
Lula, que nós, as trabalhadoras, vamos votar Dilma.
Dilma é preparada, tem experiência enquanto gestora pública, tem
força política e pessoal para superar as adversidades e será nossa
1ª mulher presidenta do Brasil para avançarmos na construção de um
modelo alternativo, democrático e popular com horizontes
transitórios para a sociedade socialista, onde a igualdade entre
homens e mulheres é condição indispensável.
Nossas tarefas para eleger Dilma presidenta são ainda maiores uma
vez que setores conservadores tem se utilizado de terrorismo
religioso para difundir mentiras e ataques pessoais à Dilma que,
nas próprias palavras da Comissão Brasileira Justiça e Paz, da CNBB
“tem constrangido nossa consciência cidadã, como cristãos, atos,
gestos e discursos que ferem a maturidade da democracia,
desrespeitam o direito de livre decisão, confundindo os cristãos e
comprometendo a comunhão eclesial.”
A candidata Dilma tem cravada em sua biografia a defesa irrevogável
da democracia. Em seu Governo será garantido o respeito às
diferenças culturais e religiosas, e será o Governo em que
seguiremos construindo um país valorizado por sua diversidade e que
não corra o risco de ver sua população dividida entre as diferenças
religiosas, e que, portanto, não abrirá mão do Estado laico.
No 1º turno, Dilma foi a candidata vitoriosa. Os resultados de 03
de outubro não deixam dúvida o povo brasileiro não quer o PSDB,
José Serra foi amplamente rejeitado pela sociedade brasileira.
E assim será também no próximo 2º turno, vamos trabalhar dia e
noite para eleger Dilma presidenta, afirmando a necessidade de mais
mulheres na política, trabalhando em todos os espaços em condições
de igualdade com os homens.
Precisamos sair às ruas, dialogar com cada pessoa que nos cerca,
mostrando as diferenças entre as propostas do Governo Dilma,
voltada ao desenvolvimento do nosso país e a igualdade social, em
oposição às propostas de Serra, voltadas à favorecer exclusivamente
a elite brasileira e internacional, retrocedendo nos direitos de
trabalhadores e trabalhadoras.
Por um país sem preconceito e no qual mulheres e homens possam ter
as mesmas oportunidades e possam ter direito a conquistar tudo
aquilo pelo que lutam, vamos com Dilma, Presidenta do
Brasil!
Rosane Silva é Secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT.
Transportando CNTT-CUT
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