Aposentados e participantes na reunião em São Paulo, no dia 24 de julho - Foto: Beatriz Chaves/Mídia Consulte
Mais de 700 aeroviários
e aeronautas aposentados e participantes do Fundo Aerus (Fundo de
Pensão dos trabalhadores das extintas companhias aéreas Varig e
Transbrasil) lotaram as reuniões em Curitiba, Porto Alegre, São
Paulo, Rio de Janeiro e Recife. Um grupo vindo
Florianópolis se deslocou a Curitiba para participar do evento
.
Os encontros foram organizados pela FENTAC/CUT e pelas comissões
nos estados e aconteceram entre os dias 22 e 26. A última reunião
aconteceu na sede do Sindicato dos Aeroviários de Pernambuco
(Sindaero/PE), no sábado (26). O Sindicato Nacional dos Aeronautas
(SNA/CUT) também está apoiando as atividades.
A assessora da Federação, Graziela Baggio, fez um histórico das ações desenvolvidas no caso Aerus pelas entidades, manifestou “indignação”, compartilhando com a opinião de todos participantes, sobre a falta de vontade política do governo Dilma, que demonstra total falta de sensibilidade social e política. O governo -- que foi condenado pela Justiça a pagar as indenizações -- sinalizou que editaria uma Medida Provisória, mas voltou atrás, alegando falta de dinheiro. (confira abaixo a avaliação jurídica) “Ainda não vencemos esta batalha, mas somos vitoriosos porque chegamos unidos e com vários êxitos . Tivemos vitórias na Justiça, como no STF no julgamento da defasagem tarifária, na ação civil pública ,com a sentença do Dr. Jamil. Isso é vitória nossa! A vigília que fizemos no Aerus, no Rio, e os confinamentos em Brasília foram marcantes e repercutiram na imprensa. Nós cumprimos o nosso papel e vamos continuar cumprindo”, destaca.
Graziela elogiou e parabenizou todos os participantes dos confinamentos e também aqueles que apoiaram os movimentos . A porta-voz criticou as “mentes criativas” que têm plantado nas redes sociais notícias inverídicas, criando mais ansiedade e frustração. “Isso não ajuda, só atrapalha.Temos que ter os pés no chão”. Ela salienta que as reuniões foram agendadas para fazer uma retrospectiva de todo o trabalho desempenhado e de todas as ações em curso, além de debater os próximos passos.
Intensificar as
mobilizações
O presidente da FENTAC/CUT, Luiz Sérgio Dias, disse que o balanço
das reuniões nos estados foi positivo e mostrou que o grupo do
Aerus está unido. “Estamos buscando junto com as Comissões que
proponham e intensifiquem mobilizações criativas que surtirão
efeitos tanto no plano jurídico quanto no político para que
tenhamos um resultado esperado por todos”, avalia.
O dirigente falou que é fundamental que todos envolvidos - e até aqueles que criticam sem conhecer de fato a realidade – participem dos grupos de discussão. “O governo nos enganou, inclusive a parlamentares, alegando agora falta de dinheiro. Para nós, isso é uma falta de respeito, porque tem uma decisão favorável na Justiça, e de compromisso social com estes trabalhadores”, explica.
Dias relata que todas
as ações da FENTAC, dos sindicatos filiados e das comissões nos
estados estão sendo pautadas de forma transparente e democrática.
“A busca por um resultado efetivo depende da unidade do grupo. Por
isso, é fundamental a participação de todos”, relata.
Antecipação de tutela
O advogado, Lauro Thaddeu Gomes, da Castagna Maia Advogados –
escritório contratado pelas entidades e autor da vitoriosa Ação
Civil Pública que responsabiliza a União pela quebra do Fundo
Aerus em 2007 – falou sobre os caminhos jurídicos. A ação
obteve sucesso em primeiro grau e hoje tramita no Tribunal Regional
Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, corte “reconhecidamente”
demorada.
O assessor jurídico
explica que a União já está condenada por não ter fiscalizado o
Fundo Aerus e agora o próximo passo é tentar obter a renovação da
Antecipação de Tutela, que faria com que os
aposentados/participantes recebessem imediatamente os 100% das
complementações das aposentadorias – como firmado nos contratos de
previdência complementar . “Temos que aguardar os desdobramentos
jurídicos dos recursos que estão em curso”, socializa.
A Ação Civil Pública encontra-se no TRF-1ª Região e o mérito
será julgado por um grupo composto por três
desembargadores.
Acordo e Guerra
Civil
Gomes ressalta que a realização de um acordo para o pagamento dos
benefícios é uma possibilidade imediata, mas salientou que depende
da “vontade do governo”. “Temos hoje 1050 mortos em oito anos. Isso
é uma guerra civil. Uma decisão judicial obrigaria o governo a
cumprir imediatamente, mas dependemos do julgamento , que pode ser
positivo ou negativo”, pondera.
O advogado contou que há vastos motivos para sensibilizar a
Justiça, um deles é o número de aposentados/participantes mortos.
“Ocorre um falecimento a cada três dias e isso é inaceitável. Temos
que acreditar na Justiça. Estamos 100% dedicados neste caso junto à
Federação, sindicatos e associações. Vamos continuar lutando, até a
vida nos permitir”, finaliza.
Próximas
reuniões
No final das reuniões, ficou acertado entre as entidades e os
participantes que serão agendados outros encontros para traçar os
próximos passos do movimento.
Fonte: Redação da FENTAC/CUT
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