Foto: CUT
A presidenta Dilma Rousseff se
comprometeu em reunião na terça-feira (15), no Centro de Convenções
em Fortaleza, a atender a reivindicação dos sindicalistas de
ter assento no BRICS. “Na próxima reunião acho que já dá para vocês
participarem. Eu assumo com vocês esse compromisso”, declarou
Dilma, junto à delegação de dirigentes sindicais do Brasil, Rússia,
Índia, China e África do Sul.
De acordo com a presidenta, esta “é uma questão de simetria. Se os
empresários podem fazer o seu fórum, que ocorre em paralelo à
reunião dos BRICS e apresentar suas propostas, os trabalhadores
também têm esse direito”.
O presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI), João
Antonio Felício, considera que a postura da presidenta aponta para
a “valorização da negociação coletiva”´. Para João, “é um
reconhecimento de que na sociedade existem duas partes em
contradição permanente, os empresários e os trabalhadores, que
devem ter direito ao mesmo espaço de debate e de proposta”.
“Como presidenta do BRICS ela falará em especial com o Putin, que
vai sucedê-la, para defender o espaço dos trabalhadores na próxima
reunião”, acrescentou o presidente da CUT, Vagner Freitas. Segundo
o líder cutista, “a reunião foi extremamente positiva porque
equilibra a correlação de forças na disputa entre capital e
trabalho”.
Criação do banco dos BRICS e acordos
bilaterais
Em coletiva à imprensa na noite de
terça-feira (15), a presidenta Dilma Rousseff tratou sobre acordos
entre os países e destacou criação do novo banco de
desenvolvimento, o New Development Bank (NDB), e o fundo de
reservas, o Contingency Reserve Arrangement (CRA).
Em resposta à pergunta sobre novo banco e fundo fazerem frente ao
FMI e Banco Mundial, a presidenta afirmou que as duas instituições
criadas não são contra ninguém, mas a favor dos próprios Brics.
Dilma garantiu que o banco e o arranjo contingente olharão com
atenção para países em desenvolvimento, com regras bastante claras
e firmes a respeito da sustentabilidade econômicas das
instituições.
Ainda de acordo com a presidenta Dilma, foi justo a presidência do
Banco dos Brics ter ficado com a Índia, que propôs a criação da
instituição; a segunda presidência será do Brasil. O banco foi
fruto de um grande consenso e terá um novo imenso poder de
alavancar recursos, apontou. Sobre a sede em Xangai, Dilma disse
que o primeiro-ministro da China, Xi Jinping, está empenhado em
definir um local o mais cedo possível.
Crescimento
econômico
Dilma apontou que os Brics, apesar de uma desaceleração do
crescimento, em parte devido aos efeitos da crise internacional,
não perderam seu dinamismo e estão contribuindo para o crescimento
mundial. A presidenta afirmou que, infelizmente, a recuperação das
economias desenvolvidas tem sido modesta.
FMI
A exigência de mudanças no FMI é antiga e já foi tratada diversas
vezes durante reuniões do G-20. Para Dilma, a mudança permanece na
pauta. Ela considera que o novo Banco dos Brics reflete um novo
mundo que pode e deve ter várias instituições multilaterais.
“É um sinal dos tempos. O tempo que nós vivemos exigem este novo
arcabouço”, defendeu Dilma.
A presidenta salientou que a criação de novas instituições
contribui para a estabilidade do sistema como um todo, prevenindo
volatilidade cambial e garantindo desenvolvimento sustentável.
China
Dilma destaca que a distribuição igualitária das cotas do Banco
previne que haja hegemonia de certos países, como ocorre no caso de
outras instituições. A presidenta ressaltou que a China em nenhum
momento quis se mostrar hegemônica, apesar de seu maior peso
econômico. Além disso, Dilma lembrou que o Brasil e a Rússia também
são grandes detentores de reservas, o que previne disputas
internas. De acordo com a presidenta, o grupo está tentando
aprender a história, citando o acordo de Bretton Woods.
Governança internacional
Dilma disse que a reunião dos Brics abordou a questão da governança
internacional e das crises regionais. Ela pediu mais harmonia de
nações em direção à paz e a necessidade de priorizar o diálogo na
resolução de conflitos. Para a presidenta, os conflitos evidenciam
a necessidade do Conselho de Segurança da ONU ser um órgão com mais
representatividade.
Sustentabilidade
A presidenta reiterou o comprometimento dos Brics com o
desenvolvimento sustentável. Conforme Dilma, os Brics passam a ter
uma política de preservação do meio ambiente, dentro dos princípios
da Rio+20: crescer, incluir, conservar e protege.
Com informações da CUT e Blog do
Planalto
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