Precarização do trabalho vai dificultar a recuperação da economia, afirma professor

Segundo o economista João Sicsú, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), novas mudanças na legislação trabalhista não devem contribuir para a criação de empregos

Por: Redação RBA
Publicação: 16/07/2020
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Ministro Paulo Guedes|Governo

Ainda em meio à pandemia, o ministro da Economia, Paulo Guedes, esboça o retorno da sua agenda ultraliberal. Além de ressuscitar o modelo de capitalização, derrotado durante a “reforma” da Previdência, ele também quer ampliar a contratação por hora trabalhada, em vez do salário mensal.

Segundo o economista João Sicsú, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), novas mudanças na legislação trabalhista não devem contribuir para a criação de empregos. Pelo contrário. A precarização do mercado de trabalho vai ter impacto negativo no mercado consumidor, retardando a retomada da economia.

“É preciso lembrar que o trabalhador é custo, mas por outro lado também é demanda. Se ele ganha menos, vai consumir menos. Quando os direitos são reduzidos, fica mais fácil contratar. Mas fica mais difícil vender”, alertou Sicsú, em entrevista a Glauco Faria no Jornal Brasil Atual, nesta quinta-feira (17), sobre os efeitos da precarização do mercado de trabalho.

Para alavancar a economia, primeiramente, ele defende um plano de retomada do emprego para todos. Dados os elevados índices de desemprego, informalidade e subemprego, medidas simples de reativação do mercado de trabalho trariam impactos econômicos positivos.

“Quando se pensa uma economia de baixos salários e de subempregados, o resultado será sempre uma economia frágil, cambaleante, com taxas de crescimentos baixas. E pior, taxas de investimentos muito baixas, pois os empresários não farão investimentos de grande magnitude olhando para um mercado de trabalho frágil, que é um espelho do mercado de consumo.”

Capitalização

No modelo de capitalização proposto por Guedes, os trabalhadores contribuiriam para contas individuais, que seriam administradas pelos fundos privados. Além de ser “ética e filosoficamente” condenável, o modelo foi adotado no Chile, desde a década de 1970, e demonstrou resultados ruins. Com esse sistema, a maioria dos aposentados chilenos passou a receber menos que um salário mínimo. Além de rever sua previdência, o governo chileno se viu obrigado a aportar recursos públicos para socorrer os aposentados.

“Temos que tratar propostas e programas de governo e de Estado do ponto de vista científico. Temos que testar, sem nenhuma ideologia. É assim que a biologia faz, que a medicina faz. Nesse caso já houve o teste, e esse teste rejeitou a proposta. Não é eficiente, não funciona”, disse Sicsú.



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