O Governo de São Paulo estuda uma alternativa para reduzir o fluxo de passageiros no transporte público em meio à pandemia do novo coronavírus (COVID-19), que no estado já matou mais cinco mil pessoas.
O secretário de Transportes estadual, Alexandre Baldy, defendeu em live para empresários a proposta de as prefeituras da região metropolitana, em especial da capital paulista, trabalhem em conjunto com comerciantes para que somente trabalhadores de serviços essenciais usem transporte público nos horários de pico - entre 5h30 e 8h, e das 17h30 às 19h30.
Preocupados com essa medida, que não foi debatida com os trabalhadores, os sindicatos dos metroviários de São Paulo e os ferroviários da Central do Brasil encaminharam ofício na segunda-feira (18) ao secretário de Transportes, pedindo uma reunião para apresentar as propostas das categorias.
“O transporte público é o segundo local com maior risco de contaminação, perdendo apenas para os hospitais. As categorias querem apresentar um plano de funcionamento dos transportes”, destaca documento dos Sindicatos.
Plano de Emergência
Faz dois meses que o Sindicato dos Metroviários apresentou um plano de emergência ao governador João Dória,direcionado ao secretário de Transportes, Alexandre Baldy, Assembleia Legislativa de SP e ao Ministério Público.
No documento, o Sindicato propõe que, “diante do quadro dramático, com a progressão acelerada da transmissão do coronavírus, são necessárias medidas que induzam as pessoas a ficarem em casa e que deem tranquilidade à população, particularmente a mais carente e necessitada.”
"Os trabalhadores estão colocando suas vidas em risco para manter o metrô funcionando em nome do bem comum. Eles estão também expondo suas famílias em risco de contaminação devido à falta de EPIs e de um Plano de Emergência que reorganize globalmente o funcionamento do metrô e incentive os usuários a não usarem o transporte público se não tiverem necessidade", destaca o diretor do Sindicato, Vagner Fajardo.
CPTM
Na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) a situação também é preocupante. Segundo o Secretário Geral do Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil, Múcio Alexandre, o transporte de passageiros aumentou durante a pandemia: média 100 a 200 mil pessoas a mais que o metrô por dia.
“Enviamos ofício à CPTM cobrando uma posição de respeito e valorização a esses heróis que estão trabalhando diariamente correndo risco de serem contaminados. Já registramos três casos de ferroviários com COVID-19 e os contaminados passam de 20”, conta o sindicalista ao Portal da CNTTL.
O Sindicato propôs à empresa que instale nas estações
termômetros para medir a temperatura dos ferroviários. Outra
reivindicação é que a CPTM mantenha todos direitos assegurados na
data-base, 1º de março -- que em razão da pandemia as
negociações foram suspensas e poderão ser retomadas a partir
do dia 31/5.
"Chegamos a negociar 44 cláusulas sociais de um total de 67,
algumas com impactos econômicos. Agora, a empresa
quer rediscutir 5 cláusulas de impacto econômico, que já
tínhamos negociado e exigimos que a CPTM tenha boa fé e cumpra o
que foi negociado com o Sindicato", frisa Múcio.
Alguns dos direitos negociados com a CPTM são o anuênio;
estabilidade para gestante, licença maternidade; adiantamento
quinzenal e licença para acompanhamento médico familiar.
Em São Paulo, o Sindicato dos
Ferroviários representa os trabalhadores nas linhas
linhas 11 – Coral, 12 – Safira e 13 – Jade, que operam na zona
leste da capital paulista.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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