foto: Sorocaba
Um manifesto em favor de que decisões sobre o enfrentamento ao novo coronavírus sejam tomadas à luz da ciência em Sorocaba recebeu o apoio de 61 entidades da cidade, entre organizações de profissionais da Saúde, sindicatos, partidos políticos, conselhos municipais, organizações não-governamentais e coletivos sociais. O documento será entregue à Prefeita Jaqueline Coutinho (PSL) nesta quarta-feira (22), e cobra, dentre outras coisas, o rigoroso cumprimento da quarentena, ampliação de testes na população, criação de mecanismos de monitoramento dos infectados e de mapeamento de quem teve contato com os portadores do vírus e obrigatoriedade de que todos usem EPI’s ao saírem às ruas.
O documento defende que os números trabalhados pelas autoridades sanitárias são preocupantes. O governo do Estado previu em março que a contaminação pode ser de 1% a 10% da população. “Se o cenário pior se concretizar – e sabe-se que tem sido muito superior a 10% nos demais países –, só em Sorocaba seriam por volta de 60 mil pessoas, das quais 12 mil (20%) precisariam de hospitais e 600 (5% das 12 mil) necessitariam de leitos de UTIs com intubação”, defendem as entidades.
Segundo elas, “hoje nossa cidade só tem 20 leitos de UTI exclusivos para a Covid-19 no sistema público (20 na Santa Casa, não terá UTI no hospital de campanha). Somam-se a esses mais uns poucos leitos de isolamento nas UTIs dos demais hospitais, sendo que o Conjunto Regional de Sorocaba e o Novo Regional irão atender os pacientes da região”. As entidades lembram que Sorocaba recebe, tradicionalmente, os pacientes de uma vasta região onde os municípios não estão estruturados para atendimento de alta complexidade.
As entidades apontam três aspectos que devem nortear as decisões da Prefeitura e das autoridades da Saúde no município:
1) a tomada de decisão sempre sob a ótica da ciência e da saúde pública. “Hoje, o isolamento social é o principal remédio para o novo vírus. Portanto, Sorocaba deve seguir essa orientação com responsabilidade”, defendem as entidades. “Avaliamos que Sorocaba falha imensamente nesse quesito. A cidade está abaixo dos 50% de isolamento social medido pelo governo do Estado. Não existem regras de distanciamento social, de higiene coletiva, e de fiscalização”, criticam.
2) a estruturação completa da rede de Saúde, com profissionais em número suficiente e equipamentos e medicamentos adequados, para atender grande número de pacientes. “Mais uma vez, Sorocaba não tem essa rede disponibilizada. O hospital de campanha ainda não conta com equipamentos e muito menos com pessoal qualificado. O número de leitos hospitalares e de leitos de UTIs, com respiradores e materiais para intubação, está abaixo do necessário para enfrentar uma possível contaminação generalizada da população”, afirmam.
3) conhecimento real da extensão atual do contágio. Para as 55 entidades, Sorocaba precisaria fazer testes em sua população, criar mecanismos de monitoramento dos infectados e de mapeamento de quem teve contato com os portadores do vírus, a fim de manter todos em quarentena absoluta. Segundo as entidades, esses dados são essenciais para se ter conhecimento do roteiro da disseminação do vírus.
As entidades concluem o manifesto colocam-se à disposição do poder público e de todos os atores sociais para, com prudência e responsabilidade e à luz da ciência e da saúde pública, colaborar no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus e na formulação de uma estratégia para o retorno à normalidade, “que tenha a vida como o bem mais precioso a ser preservado”, concluem.
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