São Paulo: Sindicato confecciona e distribui máscaras de pano para metroviários

"Estamos numa batalha grande para garantir um plano de emergência que estabeleça mecanismos de proteção para os trabalhadores em transporte, como o fornecimento de EPIs, afastamento, aplicação de testes, etc", disse o coordenador do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Vagner Fajardo, ao Portal da CNTTL.

Por: Viviane Barbosa, da Redação da CNTTL
Publicação: 16/04/2020
Imagem de São Paulo: Sindicato confecciona e distribui máscaras de pano para metroviários

Vagner Fajardo, coordenador do Sindicato dos Metroviários de SP - foto: Sindicato

"Estamos numa batalha grande para garantir um plano de emergência que estabeleça mecanismos de proteção para os trabalhadores em transporte, com o fornecimento de EPIs, afastamento, aplicação de testes, etc", disse o coordenador do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Vagner Fajardo, ao Portal da CNTTL.

O descaso do governo Dória e do Metrô é grande. Vai completar um mês que o Sindicato propôs um Plano de Emergência ao governo estadual que reorganize globalmente o funcionamento do metrô e incentive os usuários a não usarem o transporte público se não tiverem necessidade, e também forneça EPIs para os trabalhadores. Mas até o momento, o governo não fez nada.

Para ajudar a categoria, o Sindicato confeccionou máscaras de pano reutilizável com a frase "A Vida Acima do Lucro e está distribuindo nas estações.

Fajardo explica que esta máscara não substitui o EPI licenciado, com a eficácia das máscaras pff2/n95. "Continuamos exigindo que o metrô garanta EPIS a todos trabalhadores -- efetivos e terceirizados. Acima de tudo, o uso da máscara do Sindicato será um instrumento de protesto e deverá ser trocado a cada duas horas ou antes disso se a máscara estiver úmida. Qualquer máscara é melhor do que nenhuma.", explica o dirigente.

Descaso com saúde do metroviário 

O Sindicato dos Metroviários apresentou um plano de emergência ao governador João Dória, no dia 22 de março, também direcionado ao secretário de Transportes, Alexandre Baldy, Assembleia Legislativa de SP e Ministério Público, exigindo a paralisação de toda a produção, circulação e serviços não essenciais.

O documento constata que, “diante do quadro dramático, com a progressão acelerada da transmissão do coronavírus, são necessárias medidas que induzam as pessoas a ficarem em casa e que deem tranquilidade à população, particularmente a mais carente e necessitada.”

No entanto, até hoje nada foi feito por parte do governo estadual. E para deixar a situação mais preocupante o Tribunal de Justiça de SP suspendeu  a liminar do Sindicato que exigia que o Metrô de SP fornecesse os EPIs.

"Os trabalhadores estão colocando suas vidas em risco para manter o metrô funcionando em nome do bem comum. Eles estão também expondo suas famílias em risco de contaminação devido à falta de EPIs e de um Plano de Emergência que reorganize globalmente o funcionamento do metrô e incentive os usuários a não usarem o transporte público se não tiverem necessidade", destaca nota do Sindicato.



 


 

Confira a entrevista de Fajardo para o jornalista Osvaldo Bertolino - O outro lado da notícia

 

 

 

 

 



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