Paulinho, presidente da CNTTL
A CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e
Logística) orienta emergencialmente, que diante do agravamento do
quadro de propagação do coronavírus em todo o país, que todos
os sindicatos rodoviários/condutores dos transportes urbano,
intermunicipal e rodoviários da sua base parem, ou seja, todos os
motoristas/cobradores/agentes de bordo fiquem em casa por 15
dias.
“Estamos seguindo as orientações do Ministério da Saúde, passada
pelo ministro Luiz Henrique Mandetta, de que é para a população
ficar em isolamento social, sem se locomover pela cidade”, diz o
presidente da CNTTL e do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba,
Paulo João Estausia, Paulinho.
O Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região aprovou essa
decisão na manhã desta segunda-feira, 23, e está recolhendo toda a
frota de ônibus dos transportes urbano, intermunicipal e rodoviário
nos 43 municípios que compõem a base de representação da entidade.
Neste primeiro momento, os trabalhadores irão permanecer parados
por 15 dias.
Segundo o Sindicato dos Rodoviários, os ônibus começaram a ser
recolhidos por volta das 11h. A diretoria do Sindicato está nos
terminais e rodoviárias orientando os motoristas a terminarem a
viagem que estiverem fazendo e, após chegar ao ponto final, se
dirigirem às garagens das empresas para deixar os ônibus e irem
direto para a casa, permanecerem em isolamento.
O Sindicato dos Rodoviários está em contato permanente com todas as
empresas e com os poderes públicos locais.
Transporte especial
A CNTTL também orienta, assim como já está acontecendo em Sorocaba,
que as empresas do transporte urbano mantenham um plantão de
motoristas, cobradores e agentes de bordo para atender ao
transporte especial, pois muitos usuários desse transporte precisam
manter atividades médicas.
A decisão de paralisação não será aplicada aos setores de
fretamento e de cargas. Fretamento porque é preciso levar os
trabalhadores até as empresas que irão produzir, em especial,
equipamentos e remédios para combater a pandemia. Cargas porque é
necessário manter as cidades abastecidas de alimentos, remédios,
água e combustíveis e manter a devida coleta de resíduos
residenciais, hospitalares e industriais.
A orientação é que seja mantido o transporte
urbano exclusivamente para os profissionais da saúde pública e
segurança pública durante este período da pandemia do
coronavírus. Em relação à segurança dos motoristas, a CNTTL
exige que as empresas de transporte disponibilizem equipamentos
necessários para impedir a contaminação pelo coronavírus, como
máscara N95, luvas e álcool gel.
Nesses setores que permanecerão em operação, a CNTTL reitera a
determinação para que as empresas liberem os
trabalhadores que fazem parte do grupo de risco, ou seja,
trabalhadores a partir de 60 anos e com doenças respiratórias,
cardíacas, renais, hipertensos e diabéticos. Assim como, seguindo
orientações dos órgãos de saúde, é para liberar todos os
trabalhadores que estiverem com qualquer sintoma de gripe.
Aéreo, marítimo e metroferroviário
As decisões acima citadas serão estendidas a todo o Brasil, em todos os modais do transporte terrestre, aéreo, marítimo e metroferroviário. Os sindicatos de todas as regiões do país já estão sendo notificados a tomarem essas mesmas decisões, com pequenas exceções que serão tratadas com as autoridades de cada setor, como o aéreo e o marítimo, por exemplo.
Negociação com Empresas
A CNTTL orienta aos sindicatos de todas as modalidades de transportes que entrem em contato com as empresas para formular acordo em relação aos dias que os trabalhadores ficarão parados diante do coronavírus. Neste primeiro momento serão 15 dias, que poderão ser estendidos conforme se dará o quadro da pandemia nas regiões.
“O momento é de preservar a vida. Sobre as questões de pagamento de salários, os sindicatos devem negociar a melhor forma possível. Aqui, em Sorocaba, negociamos que os dias parados serão repostos nas férias e que todos os benefícios serão mantidos”, explica Paulinho.
A CNTTL também repudia a Medida Provisória nº 927/2020, que dispõe sobre “medidas trabalhistas” a serem adotadas durante o período da pandemia Covid-19 (“coronavírus”), proposta por Bolsonaro.
Para Paulinho, essa MP, que autoriza a suspensão do contrato de trabalho sem pagamento de salário, é extremamente prejudicial aos trabalhadores, porque o único patrimônio de sobrevivência do trabalhador é o seu salário.
“As empresas têm meios de obter recursos, seja por empréstimos ou subsídios. O Governo é quem tem que resolver esse problema. Agora, o trabalhador não pode se limitar a morrer pela pandemia e de fome”, alerta.
Base CNTTL
A CNTTL tem em sua base federações/sindicatos filiados de
base estadual e nacional nas modalidades de transporte: aéreo,
viário, metroviário, ferroviário, portuário e moto-táxi/fretamento,
localizados nos principais estados e capitais do
Brasil.
A entidade representa quase 1 milhão de trabalhadores da
iniciativa privada, esfera pública (estatais) e caminhoneiros
(autônomos, celetistas e de cooperativas).
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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