trecho da cartilha
Representantes da CUT e da CTB e demais centrais sindicais – Força Sindical, UGT, CSB, Nova Central, CGTB, Intersindical, Intersindical Instrumento de Luta e Conlutas – iniciaram na terça-feira, 10, na capital paulista, a Jornada de Lutas por Empregos e Direitos, em encontros com trabalhadores e população em geral sobre os impactos da Medida Provisória (MP) nº 905, do Programa Verde e Amarelo.
A abertura da jornada foi em São Bernardo do Campo, no ABC
Paulista, durante a madrugada. Os sindicalistas foram para porta da
Volkswagen conversar com os trabalhadores e as trabalhadoras
para que entendam a importância de se somar a luta contra a MP 905,
que cria a carteira verde e amarela, que cria empregos com menos
direitos para jovens de 18 a 29 anos.
De acordo com o material a ser distribuído pelas centrais
sindicais, o movimento sindical tem propostas para criar mais
empregos e fazer o país voltar a crescer.
“A MP do governo de Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes, é uma nova e dura reforma Trabalhista. A proposta do governo altera mais de 40 dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), permitindo a redução do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), o parcelamento do 13º e férias, o fim do pagamento das horas extras para o trabalho aos domingos que será liberado para diversas categorias profissionais. E ainda, taxa os desempregados em até 7,5% para isentar os empresários de 34% de encargos trabalhistas”, manifestou a CUT em nota.
De acordo com o presidente nacional da entidade, Sérgio Nobre,
“o movimento sindical e todas as centrais sindicais, junto com a
CUT, estarão nas ruas denunciando a retirada de direitos promovida
pelo governo Bolsonaro. Vamos mostrar para população brasileira os
riscos que o país está correndo com o desmonte das políticas
públicas e a retirada sem precedentes na história dos direitos dos
trabalhadores”.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC),
Wagner Santana, o Wagnão, a MP é mais um passo do governo para
destruir toda rede de direitos dos trabalhadores e facilitar a vida
do empresário. “Essa tal carteira de trabalho verde e amarela cria
mesmo é um “Bolsa Patrão”, com dinheiro retirado dos nossos jovens
desempregados e desesperados por um primeiro emprego. Não podemos
nos calar”, alerta.
De acordo com o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, é
fundamental esclarecer a sociedade sobre a “nefasta” MP, mas ele
também ressalta a luta por mais empregos. “Contamos com o apoio e a
participação de todos nesta jornada contra a MP 905, para
fortalecermos a luta por emprego, direitos e uma vida melhor para a
classe trabalhadora e a sociedade brasileira em geral”.
A MP, em vigor desde 11 de novembro, vence em 120 dias, sem contar
o recesso parlamentar. Para valer definitivamente é preciso que a
MP 905 seja apreciada, analisada e votada pelo Congresso Nacional.
Se não for votada nesse prazo, a medida perde a validade.
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