Programa “Verde e Amarelo de Bolsonaro”: "Mais pais de família ficarão sem emprego", alerta Paulinho presidente da CNTTL

O programa é voltado para gerar emprego para os jovens de 18 e 29 anos de idade, que nunca tiveram um emprego formal, e a contratação é por dois anos.

Por: Fabiana Caramez- Rodoviários de Sorocaba
Publicação: 12/11/2019
Imagem de Programa “Verde e Amarelo de Bolsonaro”:

arte: Rodoviários de Sorocaba

O Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região tem a responsabilidade de apresentar à categoria uma avaliação do ponto de vista da classe trabalhadora sobre as políticas públicas colocadas em prática pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL). Os trabalhadores em transportes não podem ficar apenas com a versão dos meios de comunicação e das fakenews repassadas nas redes sociais, que repercutem a opinião dos grandes empresários e de seus “especialistas” e “youtubers”.

No caso do programa “Verde e Amarelo” apresentado pelo governo Bolsonaro na segunda-feira, 11, existe um grande acerto que é o reconhecimento de que governos são responsáveis por induzir a economia. O que acaba com o discurso de que “o mercado se autorregula e resolve os problemas”, uma grande baboseira que o próprio governo gosta de repetir.

O grande erro fica por conta de o governo, mais uma vez, escolher tirar direitos dos trabalhadores ao invés de mexer no custo de energia, de compra de equipamentos, de matéria-prima, de aluguel, ou seja, de tudo que compõe o custo fiscal de uma empresa, seja ela grande, média ou pequena.

DISPUTA ENTRE JOVENS E ADULTOS

O programa é voltado para gerar emprego para os jovens de 18 e 29 anos de idade, que nunca tiveram um emprego formal, e a contratação é por dois anos. Importante! Porém, o “incentivo” às empresas é poder pagar menos aos jovens, não precisar recolher INSS, recolher apenas 2% de FGTS e não 8%, ao demitir pagar multa de apenas 20% do FGTS e não 40%, não contribuir com o Sistema S (que mantém o Sesi, Senai, Senac, Sest/Senat, entre outros) e o salário-educação, por exemplo.

Nem precisa dizer que as empresas irão demitir os trabalhadores mais velhos e contratar os jovens por meio desse programa. Governo diz que terá fiscalização. Perguntamos quem irá fiscalizar se esse mesmo governo acabou com o Ministério do Trabalho e Emprego e, consequentemente, esvaziou as Delegacias do Trabalho?

NÃO TAXA AS EMPRESAS, MAS TAXA O DESEMPREGADO!

O maior dos absurdos! Quem recebe seguro-desemprego terá que pagar o INSS, ou seja, o desempregado que já está passando mal terá sua remuneração diminuída, enquanto as empresas ficam isentas de impostos!!! A ideia do governo é compensar o não recolhimento de INSS dos trabalhadores jovens com o recolhimento de INSS dos desempregados que recebem o seguro-desemprego.

EXISTEM MUITAS CONTRADIÇÕES!

PERMITE TRABALHO AOS DOMINGOS E FERIADOS. Em um momento de desemprego, o ideal é que a jornada de trabalho diminua para mais pessoas poderem estar empregadas, não o contrário!

FISCALIZAÇÃO SEM MULTA. Governo diz que ficará por conta da fiscalização impedir a substituição do trabalhador adulto pelo jovem, mas no programa impede que os fiscais apliquem multas imediatas às empresas!

REABILITAÇÃO DE TRABALHADORES AFASTADOS POR DOENÇA. Isso é bom, mas o próprio programa retira dinheiro do INSS. Perguntamos: como isso será feito?!

“Nós escutamos muito as frases ‘vamos torcer para dar certo” e “precisa dar um tempo para o governo acertar”. A gente até tenta, mas está difícil! Esse programa pode gerar um problema muito maior na sociedade que é deixar mais pais de família sem emprego. O governo parece que não enxerga isso, não mede as consequências práticas, a realidade do dia a dia. Daqui a pouco teremos que fazer greves porque as empresas estarão substituindo trabalhadores adultos por jovens!”, avalia o presidente da CNTTL e do Sindicato dos Rodoviários Paulo João Estausia, Paulinho.

Segue o link da matéria sobre o programa “Verde e Amarelo” publicada na página do próprio governo: https://bit.ly/2pc1yh0.  Para vocês verem que não estamos inventando nada.

 

NÚMEROS DO DESEMPREGO NO BRASIL

O governo afirma que pretende criar 4 milhões de empregos com o programa “Verde e Amarelo”, número pequeno diante do grave problema que assola o país. Alto desemprego e alto número de pessoas na informalidade.

Seguem os números:

Falta trabalho para 27,5 milhões de brasileiros, sendo que:

12,8 milhões estão desempregados (quase 12% da população)

4,7 milhões desistiram de procurar

7 milhões trabalham menos horas do que o desejado

3,1 milhões estão dispostos, mas não podem trabalhar por algum motivo

 

Dos 93,8 milhões de brasileiros ocupados:

38,8 milhões não tem carteira assinada (41%)!

Sendo que,

11,8 milhões estão sem carteira assinada no setor privado

4,5 milhões são trabalhadores domésticos sem carteira

19,5 milhões por conta própria (sem CNPJ)

2 mil são trabalhadores familiares

800 mil são empregadores sem CNPJ

Apenas 33 milhões de trabalhadores têm carteira assinada no Brasil hoje.



Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran

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