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A terceira edição do Mutirão Lula Livre, realizado no fim de semana, mobilizou milhares de pessoas por todo o país, com a realização de centenas de atividades e a coleta de assinaturas pela anulação dos julgamentos do ex-presidente. Foi montada uma banca do movimento em Berlim (Alemanha). A intenção da organização do mutirão foi também dialogar com a população, para esclarecê-la sobre a perseguição promovida pela cúpula da Lava Jato e pelo ex-juiz Sergio Moro a Lula. O abaixo-assinado, segundo os organizadores, já soma mais de 100 mil assinaturas.
Lideranças petistas consideram que a liberdade de Lula depende de uma ampla mobilização popular, envolvendo termas como soberania nacional, justiça e democracia, com um trabalho de “corpo a corpo, de ir aonde o povo está, retomando a prática do trabalho de base da esquerda brasileira”, segundo o PT.
A campanha pela anulação das ações tem a adesão de várias personalidades de expressão mundial. São os casos do ministro e economista chileno Carlos Ominami, do ex-chanceler argentino Jorge Taiana, do ex-primeiro ministro italiano Massimo d’Alema. O linguista e filósofo Noam Chomsky, o ex-ministro das Finanças do governo Tsipras, da Grécia, Yanis Varoufakis, e a líder do movimento alter-globalização, Vandana Shiva, também apoiam o movimento. O ex-presidente uruguaio Pepe Mujica e o líder da social- democracia alemã Martin Schulz, assim como o ex-secretário Geral da Unasul, Ernesto Samper, também aderiram ao abaixo-assinado.
A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, e o governador do Maranhão, Flávio Dino, que contemplaram o mutirão realizado em seus estados, estão entre as lideranças brasileiras que assinam o documento.
O Mutirão Lula livre iniciou as atividades em São José dos Campos, com o Sarau Lula Livre, na sexta-feira (26). Um dia antes, o Comitê Lula Livre participou da 5ª Feira da Reforma Agrária, em Salvador, onde estiveram presentes inúmeras organizações que militam pela liberdade do petista.
O estado de São Paulo concentrou a maior quantidade de cidades que desenvolveram atividades no sábado, como a própria capital, Mogi das Cruzes, Carapicuíba, Ubatuba, Araçatuba e Pindamonhangaba, entre outras. De acordo com o comitê, houve “coleta massiva de assinaturas” ao abaixo-assinado pela libertação do ex-presidente.
Na capital da Paraíba, João Pessoa, os organizadores do mutirão foram convidados a utilizar um trio elétrico e hastear a bandeira Lula Livre, otimizando o diálogo com a população do bairro Mangabeira, o mais populoso da cidade.
“A aceitação foi maravilhosa. Ainda tivemos a ajuda de uma companheira que trabalha com propaganda e sempre está aqui com um trio elétrico. Ela pediu pra subir com a bandeira de Lula e tivemos a oportunidade de circular pelo bairro neste trio elétrico, fizemos a leitura do panfleto e conseguimos explicar amplamente no bairro o porquê de Lula ser um preso político”, disse Cely Andrade, do comitê.
Em Alagoas o comitê estadual visitou cidades em todo o interior do estado, durante o mês de julho. Em Santa Catarina, foi fundado um comitê local. Em Brasília, a atividade se concentrou na Feira da Diversidade LGBT.
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