Campanha: CTB
Principal tema do debate público atualmente no Brasil, a
proposta de Reforma da Previdência do governo Jair Bolsonaro está
sendo negada pela maioria dos brasileiros e brasileiras, como
atestam as últimas pesquisas de opinião de institutos como o
Datafolha e o Vox Populi. Representando esse sentimento e
mobilizando a população a se manifestar contra essa reforma, a
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) lançou a
campanha “Quero viver depois de trabalhar - Não mexa na minha
aposentadoria, um movimento que busca alertar o público em geral
sobre os riscos dessa reforma e a ameaça do fim das
aposentadorias.
Em um contexto de envelhecimento da população e de graves ataques
aos direitos sociais básicos, a campanha catalisa a expectativa de
milhões de pessoas trabalhadoras, principalmente as mais pobres, de
poderem viver com dignidade após todos os seus anos de atividade.
Segundo o presidente da CTB, Adilson Araújo, o movimento sindical
tem a responsabilidade de mostrar, à maioria da população com
menos renda e recursos, que ela é a principal prejudicada com as
mudanças na Previdência que serão votadas pelo Congresso
Nacional.
“É um retrocesso que joga o ônus da crise sobre a classe
trabalhadora. Não vai tirar o Brasil dessa situação financeira e
sim preservar os privilégios de alguns setores, enquanto ignora a
dívida de empresas privadas com a Previdência. O projeto do governo
é promover um desmonte da seguridade social”, denuncia.
De acordo com o próprio texto da Proposta de Emenda Constitucional
6/2019, que é o projeto da reforma em andamento, mais de 90% dos
valores que o governo espera cortar do sistema previdenciário são
do chamado Regime Geral de Previdência Social, ou seja, o que reúne
a imensa maioria dos trabalhadores pobres e que recebem
aposentadorias de um ou dois salários mínimos.
Redes, site e cartilha
A campanha “Quero viver depois de trabalhar” será composta de peças
gráficas como cartazes, folhetos e uma cartilha com pontos
explicativos sobre de que forma o trabalhador brasileiro será
prejudicado com a reforma. A campanha também terá vídeos, ações nas
redes sociais e um site para tirar dúvidas sobre o tema, auxiliando
as pessoas, com uma calculadora online, a medirem as diferenças do
atual sistema e do novo em relação ao tempo de aposentadoria.
Os perigos da "reforma"
Entre os perigos do projeto de reforma da previdência, a CTB e as
centrais sindicais também denunciam o enfraquecimento da
aposentadoria rural, o desmonte do Benefício de Prestação
Continuada (BPC), que promove o apoio a indivíduos em situação de
pobreza extrema, o fim da aposentadoria por tempo de contribuição e
a proposta de capitalização da previdência pública no Brasil, que
já se mostrou desastrosa em outros países como o Chile e contribui
para a degradação das condições sociais da população
idosa.
A CTB e o movimento sindical também combatem o falso argumento do
governo federal e do ministro da economia, Paulo Guedes, de que há
um déficit na Previdência, reivindicando que ela seja contemplada
devidamente como parte do sistema de seguridade social brasileiro e
que seja garantida como prevê a Constituição Federal para a
proteção da vida e da dignidade dos milhões de brasileiros e
brasileiras.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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