Foto: divulgação
Grevistas de fome realizaram na manhã deste domingo (12) uma celebração religiosa em frente à casa do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, na Asa Sul, em Brasília. Os manifestantes pedem liberdade para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e denunciam o empobrecimento do país após o impeachment de Dilma Rousseff (PT).
Participaram do ato inter-religioso Jaime Amorim, Vilmar Pacífico, Zonália Santos, Rafaela Alves, Frei Sergio Görgen, Luiz Gonzaga (Gegê), que completam hoje treze dias sem comer. Leonardo Soares, da Frente Brasil Popular, está em jejum há seis dias.
O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) João Pedro Stédile falou durante a celebração comandada pelo frei franciscano Wilson Zanatta, de acordo com relato da Agência PT. “Nós viemos aqui chamar atenção, eles não podem dormir enquanto houver injustiça no Brasil. Para eles saberem que o povo não vai descansar enquanto não libertarmos Lula e todos os injustiçados no Brasil”, disse.
Seis dos ativistas, em greve de fome se reuniram na quinta-feira (9) com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski. Eles haviam protocolado dois dias antes 11 pedidos de audiências, um direcionado a cada ministro, e explicaram no encontro as motivações do jejum. "No primeiro momento, colocamos nossa pauta. Falamos do que se trata nossa greve", disse Rafaela Alves na ocasião. "Viemos aqui para defender a Constituição que preza pela presunção de inocência. O Judiciário em Curitiba rasgou a Constituição e nós, o povo, defendemos o respeito a ela. Cabe a eles, que são os guardiões da Constituição, reverter o cenário", relatou Jaime Amorim.
Em entrevista à RBA, o jurista Dalmo Dallari considerou como “muito positivos” tanto o gesto como a manifestação de Lewandowski após a audiência. “Precisamos ter confiança e paciência que a Justiça haverá de triunfar por todos os segmentos, classes, categorias sociais”, disse Lewandowski aos manifestantes, segundo O Estado de S. Paulo. “É um estímulo à confiança na Justiça. É preciso acreditar que as instituições vão funcionar, inclusive o Judiciário. É natural e democrático fazer reivindicações, mas aceitando que os conflitos de Direito serão resolvidos pelo Judiciário”, afirmou Dallari.
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