Selma, Erivaldo e Maciel dirigentes aeroviários durante a rodada com o SNEA - foto: Viviane Barbosa/Mídia Consulte
O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) apresentou uma resposta à pauta de reivindicações dos aeroviários na terceira rodada de negociação da Campanha Salarial 2017/2018, realizada na última sexta-feira (10), em São Paulo.
Mas a contraproposta não agradou aos dirigentes da FENTAC/CUT (Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil) e da FNTTAA (Federação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aéreos), que ficaram indignados.
Os dirigentes consideraram a proposta do SNEA insuficiente e repleta de “pegadinhas” com modificações em cláusulas sociais importantes que dão qualidade de vida ao aeroviário, como a folga agrupada, o PPP (Perfil Perfil Profissiográfico Previdenciário) entre outras, que na prática retiram direitos históricos conquistados da categoria aeroviária.
“É uma negociação extremamente difícil. Essa proposta das empresas travestida de novas redações é extremamente perigosa. É uma falsa negociação, só as empresas querem levar vantagens. Não vamos permitir que isso aconteça de forma alguma”, explica a diretora da FENTAC e do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), Selma Balbino.
As empresas negaram reivindicações importantes na pauta dos trabalhadores, como o direito a um auxílio Auxílio-Maquiagem (hoje é exigência o uso pelas companhias e são as trabalhadoras quem pagam); garantia de um auxílio acidente e subsídio de medicamentos em casos de acidente no trabalho; e a implementação de Campanhas de combate ao assédio moral, sexual, homofobia e discriminação.
SNEA - foto: Mídia Consulte
Retrocesso
Selma citou como exemplo de retrocesso a cláusula proposta pelo SNEA que trata sobre o “preenchimento da cota destinada aos aprendizes”.
“As empresas querem regulamentar a presença do jovem aprendiz dentro da atividade aeroviária, em funções que não são dele, ou seja, querem substituir o aeroviário pela função de jovem aprendiz, pagando um salário irrisório”, alerta.
Reajuste Salarial
As empresas não avançaram na proposta dos sindicatos de melhoria no reajuste salarial, mantendo a mesma proposta: reposição da inflação nos salários, pisos e demais itens econômicos, que é calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), medido pelo IBGE, do período da data-base 1º dezembro.
Os sindicalistas responderam que o SNEA está fazendo uma
discriminação salarial, porque em rodada de negociação com os
Aeronautas, as empresas sinalizaram o reajuste salarial acima da
inflação.
“As empresas têm condições em avançar tanto na pauta social como na
econômica e os trabalhadores continuarão a luta pelo reajuste
salarial de 5%’’, conta o presidente da FENTAC, Sergio
Dias.
Assembleias e Mobilização
Os sindicatos aeroviários filiados à FENTAC e à FNTTA realizarão na próxima semana, no dia 16 de novembro, assembleias para apresentar a proposta patronal para os trabalhadores e vão intensificar a mobilização.
Na base da FENTAC, acontecerão assembleias nos Aeroportos de Guarulhos (SP), Gilberto Freyre (Pernambuco), Salgado Filho (Porto Alegre) e em todos da base do Sindicato Nacional de Aeroviários.
“Faremos o nosso trabalho de convencimento com os trabalhadores. Não vamos aceitar nenhum direito a menos”, destaca Selma.
Encaminhamentos e próxima rodada
Na terça-feira (14), o SNEA se comprometeu em esclarecer os pontos
questionados pelos dirigentes na proposta patronal. A próxima
rodada com as empresas aéreas será no dia 21 de novembro.
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