Foto: Sindicatos
A luta pela reabertura da Ponte do Baquirivu – uma das
principais vias de acesso ao Aeroporto Internacional de São Paulo,
o GRU Airport, administrado pelo consórcio formado pelas empresas
Invepar e ACSA (Airports Company South Africa) e Infraero
continua ainda sem definição.
Dirigentes dos sindicatos dos Aeroviários de Guarulhos (Sindigru),
dos Trabalhadores nas Empresas Auxiliares (Sintaag) e dos
Aeroportuários (Sina) e o deputado estadual Alencar Santana
(PT/GRU), porta-voz dos trabalhadores que agendou o encontro, se
reuniram com o GRU Airport na terça-feira (18), no Aeroporto.
No encontro, eles explicaram que desde o fechamento dessa Ponte,
há cerca de três anos, aumentaram as reclamações dos trabalhadores
do Aeroporto com relação ao número de assaltos, roubos e até
estupros no local e,que portanto, a reabertura vai garantir uma
maior segurança.
Na última reunião realizada com a Polícia Militar em 21 de junho,
graças aos diversos boletins de ocorrência apresentados pelos
Sindicatos, a PM atendeu a reivindicação das entidades e aumentou o
policiamento nas áreas críticas nos horários de maior
fluxo, ou seja, das 22h às 1h da manhã e das 4h às 7h da
manhã. Os batalhões estão se revezando para garantir a
segurança na local.
Sem interesse e sem explicações
Segundo os dirigentes e o parlamentar, a concessionária
lamentavelmente não demonstrou nenhum interesse na reabertura da
Ponte. “Eles alegaram que, de acordo com instruções da Polícia
Federal, a ponte deveria permanecer fechada, mas não souberam
explicar os motivos”, relatam.
O GRU Airport também informou que tem interesse em ceder um
espaço na Ponte para a Polícia Militar abrir um posto policial.
Alencar questionou a Concessionária, alegando que não pode
abrir a ponte para o trabalhador, mas pode ceder um espaço para a
PM. “A Polícia Militar é um serviço público e a
concessionária é quem deve pagar para ter segurança no aeroporto”,
criticou o parlamentar.
Ônibus circular e multas indevidas
O deputado lembrou que o GRU Airport tem responsabilidade pela segurança na área e propôs que a concessionária providencie um ônibus circular entre todos os terminais para facilitar o acesso dos trabalhadores ao aeroporto.
Outro ponto destacado pelos sindicalistas foi que a Polícia Militar não pode ficar multando as pessoas que param o carro para esperar ou deixar alguém na ponte. “A Concessionária alegou que não existe esse procedimento da polícia, mas deixamos claro que muitos trabalhadores informaram que há sim esse costume e que muitos já foram multados”, destacam os dirigentes.
Reunião com a Polícia Federal
Os sindicalistas lembraram na reunião com a concessionária que
na época em que o Aeroporto era administrado pela Infraero
(1985-2011) a ponte era aberta aos trabalhadores.
O deputado Alencar se prontificou em marcar uma reunião com a
Polícia Federal para saber os motivos pelos quais há perigo em
reabrir a Ponte do Baquirivu.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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