Protesto em frente à Prefeitura, em 11 de julho (Foto: Sindicato)
Sob muita pressão e constantes ameaças das empresas e do poder público, a greve dos trabalhadores e das trabalhadoras em transporte urbano entrou, na quarta-feira (12), no 14º dia em Sorocaba. Esta é a maior paralisação realizada pelos motoristas da cidade, provando a resistência dos profissionais na luta por melhores salários e condições de trabalho.
Nesses 14 dias de manifestação, o Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região buscou constantemente o diálogo com as empresas STU e CONSOR, com a Urbes - Trânsito e Transportes e com o prefeito Crespo, inclusive suspendeu a greve em prol de um entendimento em quatro oportunidades.
Tentativa de acordo
A última suspensão da greve foi na quarta-feira (12), após reunião com os vereadores na Câmara Municipal de Sorocaba, da qual as empresas, a Urbes e o prefeito Crespo não participaram.
Na reunião, foi decidida a nova suspensão da paralisação, dando até esta quinta-feira para o prefeito Crespo avaliar a proposta da Câmara, que ofereceu repassar os recursos financeiros economizados para as operadoras do transporte público, em quantidade mais do que suficiente para que o reajuste dos motoristas seja garantido.
Cumprindo a lei
Além disso, o Sindicato cumpriu o que foi determinado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15ª), ou seja, manteve 70% da frota em circulação nos horários de pico e 50% nos demais horários e garantiu 100% do transporte especial em funcionamento.
Até esta data, cinco audiências de tentativas de conciliação foram realizadas em Campinas, no TRT-15ª. Em nenhuma delas o prefeito Crespo compareceu ou mandou representante com poder de decisão.
Ameaças, pressão e participação
A tática usada pelas empresas e pelo prefeito Crespo vem sendo a da pressão e ameaças. Depois de uma ação de bastidores, Crespo assumiu publicamente a postura ameaçadora, insinuando demissão dos motoristas e colocando fiscais da Urbes - Trânsito e Transporte, funcionários da Prefeitura e a Guarda Civil Municipal (GCM) para intimidar os trabalhadores e as trabalhadoras na garagem e nas ruas.
No entanto, a atitude do prefeito não surtiu efeito. Os trabalhadores e as trabalhadoras em transporte urbano de Sorocaba se mantém firmes no propósito de melhores salários e condições de trabalho dignas, participando das assembleias e definindo coletivamente os rumos da paralisação.
Reivindicações
O Sindicato dos Rodoviários iniciou as negociações da Campanha Salarial 2017 em 31 de março, quando entrou a pauta de reivindicações para as empresa e também pra o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Os trabalhadores e as trabalhadoras em transporte urbano de Sorocaba exigem reajuste salarial de 4% retroativo a maio e 1,57% a partir de setembro, aumento no tíquete-refeição para R$ 21,00/dia a partir de novembro e na participação nos lucros e resultados (PLR) para R$ 1.600,00 pago no retorno das férias.
Em maio, o setor patronal veio com a proposta de apenas 2,5%, valor que não repõe a inflação, dando início ao estado de greve da categoria. Após diversas audiências de conciliação no TRT-15º, empresas e poder público propuseram 4% de reajuste apenas no salário e nada mais.
Sem avanço nas negociações e diante da postura intransigente das empresas e autoritária do prefeito Crespo, a greve foi deflagrada em 25 de junho, sendo estendida até o momento.
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