Cascavel: Novos vereadores prestam desserviço à população ao manter veto ao PL do Agente de Bordo

Sessão foi marcada por muita desinformação, mentiras e desconhecimento sobre a importância da profissão, que é referência para os usuários de transporte em Sorocaba, no Estado de SP

Por: Viviane Barbosa, da Redação CNTTL/CUT, com informações de Júlio Carignano
Publicação: 07/03/2017
Imagem de Cascavel: Novos vereadores prestam desserviço à população ao manter veto ao PL do Agente de Bordo

Sessão que manteve veto na Câmara Municipal de Cascavel - crédito: Câmara Municipal

Infelizmente, os novos vereadores da Câmara Municipal de Cascavel, cidade localizada no Paraná, decidiram ficar do lado dos empresários do transporte ao invés dos trabalhadores e usuários do transporte coletivo.

Em uma sessão tumultuada, realizada em 25 de fevereiro, a maioria manteve o veto do ex-prefeito Edgar Bueno (PDT) ao Projeto de Lei que obrigava as empresas do transporte coletivo a disponibilizarem em 30% de sua frota um segundo tripulante ou agente de bordo. O atual prefeito é Leonaldo Paranhos (PSC).

O vereador Paulo Porto (PCdoB), contrário ao veto e autor do PL do Agente de Bordo junto com Celso Dal Molin (PR), ficou surpreso com tanta  “desinformação” e mentiras.  “Raras vezes vi em todos esses anos tamanho serviço de setores da mídia na luta contra um projeto lei. E raras vi tanta desinformação e mentiras para defender um veto”, comentou.

Argumentos sem fundamento

O vereador contrapôs os quatro pontos falaciosos dos defensores do veto: que o modelo seria o único no Brasil; que a proposta é inconstitucional; que só interessaria ao sindicato da categoria e que o PL iria impactar no aumento da tarifa em 0,20 centavos.

Porto disse que a afirmação que esse modelo é único é mentirosa, uma vez que a proposta da criação do agente de bordo é utilizado na cidade Sorocaba (SP), com êxito junto aos usuários e ao sistema urbano. 

Sobre a constitucionalidade do projeto, questionada por advogados das empresas do transporte, Porto questionou:  “Se o projeto do Agente de Bordo é inconstitucional por que cargas d’água a Bilhetagem Eletrônica, que foi proposta pelo mesmo legislativo é constitucional? Ou só vale quando é a favor do patrão e não vale quando é a favor do trabalhador?”, questionou.

Desconhecimento

Em relação aos interesses do retorno do agente de bordo, o vereador ressaltou que só pode ser uma afirmação de quem não conhece a realidade do sistema. 

“Com certeza quem argumenta isso nunca andou de ônibus. Nunca sofreu assédio sexual dentro de um coletivo, nunca se colocou na posição de um cadeirante, nunca utilizou o ônibus em horário de pico. É óbvio que a antiga figura do cobrador e agora do agente de bordo traz mais segurança para usuário e mais qualidade e humanização no transporte urbano”.

Tarifa
Porém a defesa mais veemente dos porta-vozes dos interesses das empresas com certeza é que a tarifa iria aumentar para usuário.

Vale lembrar que mesmo com o compromisso de não ocorrer demissões, o que não ocorreu na prática, muitos dos antigos cobradores permanecem deslocados em outros setores, impactando na planilha das empresas.

“As empresas seguiram de maneira oportunista repassando todo o custo (inclusive dos funcionários que não mais existiam) para o usuário. As empresas trabalham com a famosa ‘Lei de Gerson’. 

O que é bom a gente acumula o que é ruim a gente repassa”, citou Paulo Porto.
O vereador questionou ainda o valor de 0,20 centavos apresentados pelas empresas.

 “Vejam que bom negócio. As empresas fornecem as planilhas, as empresas analisam as planilhas e as empresas chegam no número mágico de 0,20 centavos. Não é a toa que estas empresas se revezam por décadas no transporte coletivo de Cascavel. Não é toa que tem sido um excelente negócio”.

Fiscalização
Paulo Porto cobrou maior fiscalização da Cettrans (Companhia Cascavelense de Transporte e Trânsito) em relação ao serviço prestado pelas empresas Pioneira e Capital do Oeste. 

“Nunca houve uma auditoria independente destas planilhas e a Cettrans que deveria ser a fiscalizadora destas planilhas mais age com uma linha auxiliar das empresas do que uma defensoria do serviço público”.


Confira o placar da votação

No total, foram 14 votos favoráveis e seis contrários. Além de Porto, votaram pela derrubada do veto os vereadores Celso Dalmolin, Fernando Hallberg, Jorge Bocasanta, Misael Pereira e Olavo dos Santos.

Votaram a favor do veto: Aldonir Cabral, Alécio Espinola, Carlinhos Oliveira, Damasceno Junior, Jaime Vassata, Josué de Souza, Mauro Seibert, Parra, Pedro Sampaio, Policial Madril, Romulo Quintino, Serginho Ribeiro, Sidinei Mazutti e Valdecir Alcantara.



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