Na luta contra o golpe, Lula se reúne com o povo do semiárido

Ex-presidente está em viagem pelo nordeste para defender o mandato da presidenta Dilma

Por: Redação CNTTL com Institulo Lula
Publicação: 12/07/2016
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Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Agricultoras e agricultores familiares do Semiárido se reuniram na segunda-feira (11), na Orla de Juazeiro (BA), em um ato público com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ato “Semiárido contra o Golpe - Nenhum direito a menos” foi organizado para denunciar o golpe que culminou com o afastamento da presidenta Dilma Rousseff (PT) e protestar contra os retrocessos que ameaçam os povos dessa região. Estiveram presentes o senador Humberto Costa (PE-PT), prefeitos e vereadores da região do semiárido e deputados estaduais e federais.

Os manifestantes, dos estados de Pernambuco, Bahia, Piauí, Ceará, Paraíba e Minas Gerais, defendem a continuidade das políticas sociais e iniciativas de convivência com o semiárido.

Em sua fala, o ex-presidente Lula disse que aprendeu muito ouvindo o povo e as soluções que o próprio povo tinha para o semiárido. Cisternas, seguro para a safra, aquisição de alimentos do pequeno produtor, financiamento para a produção familiar: "Ninguém mais vai dizer que o povo do semiárido não é capaz. Que o semiárido não pode produzir e que as pessoas que moram aqui têm de ir para São Paulo ou Rio de Janeiro morar em barraco". "Eu tenho orgulho de ter acreditado naqueles que levantam cedo e vivem de seu suor. O Estado não acreditava nessas pessoas, não se dava conta da existência delas", disse.

O ex-presidente reafirmou sua certeza de que uma das soluções para a crise econômica é conceder crédito: "Quem pode salvar o país da crise? Eu colocaria financiamento na mão dos pobres. Porque R$ 500 na mão do pobre não vira dólar ou conta bancária, vira consumo, emprego, desenvolvimento".

Governo golpista

Lula criticou a postura do governo interino: "Para ser vereador, tem que disputar eleição e ganhar. Para ser prefeito, governador, sindicalista... Tem que disputar a eleição e ganhar. Como é que seu Temer quer ser presidente sem ser eleito para isso?". "Foi um assalto organizado por uma maioria muito, mas muito duvidosa da Câmara dos deputados".

"Estamos aqui não somente para manter o mandato de vocês, que é o mandato da Dilma, mas para evitar que os direitos dos trabalhadores sejam desrespeitados", disse aos presentes.

"Não baixem a cabeça nunca. O grande legado que recebi da minha mãe foi o direito de andar de cabeça erguida e ninguém vai me fazer baixar a cabeça enquanto o povo brasileiro não tiver conquistado tudo o que ainda tem que conquistar".

O ato está sendo organizado pela Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) e pela Frente Brasil Popular (FBP) que é formada por partidos de esquerda e movimentos sociais como o MST, MAB, MPA, Levante Popular da Juventude, Consulta Popular, Pastoral da Juventude Rural, Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e Marcha Mundial das Mulheres (MMM).

 



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