Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O repúdio ao processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff e o temor de retrocesso nas políticas sociais marcaram a abertura, na terça-feira (10), em Brasília, da 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (4CNPM). O evento prosseguirá até sexta (13) e acontece no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.
A Secretária Nacional de Políticas
Sindicais da CNTTL/CUT, Cleyde Tameirão, está representando
as trabalhadores em transportes na atividade.
Mulheres de diferentes classes sociais e provenientes das mais
distintas localidades do País manifestaram solidariedade à
presidenta em posição contrária à votação, no Senado, do
afastamento de Dilma da Presidência em decorrência do processo por
suposto crime de responsabilidade.
Durante o evento, as mulheres lembraram políticas executadas desde
2003 que valorizaram e deram poder ao sexo feminino. Ao mesmo
tempo, demonstraram temor de recuo nessas ações.
"O que tivemos antes dos governos do presidente Lula e Dilma foram
migalhas", disse a psicóloga e secretária de Políticas para
Mulheres de Natal, Aparecida de França. Citando as leis Maria da
Penha (sancionada em 2006 no governo do ex-presidente Lula) e a do
feminicídio (sancionada em 2015 pela presidenta Dilma) e antevendo
riscos, Aparecida diz que a população tem de perceber que o poder
pertence ao povo. "Corremos risco de retrocesso nas políticas
públicas sociais. É um momento delicado, no qual a população
precisa ver que tem força e poder para mudar e evitar retrocessos",
aponta.
A 4ª Conferência Nacional de Política para Mulheres discute neste ano o tema "Mais Direitos, Mais Poder e Mais Participação para Mulheres”.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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