PLR Já: Jacy Afonso visita companheiros ferroviários do Maranhão

Dirigente prestou apoio à luta da categoria que reivindica esse direito da Vale

Por: Viviane Barbosa, da Redação CNTTL
Publicação: 02/03/2016
Imagem de PLR Já: Jacy Afonso visita companheiros ferroviários do Maranhão

Jacy com dos diretores Lucio, Eduardo, Novark e Susalvino do Sindicato dos Ferroviários do Maranhão

O secretário de Formação da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), Jacy Afonso, visitou, no dia 1º de março, dirigentes do Sindicato dos Ferroviários do Maranhão, Pará e Tocantins, localizado no Maranhão.

Na ocasião, o dirigente cutista prestou apoio aos ferroviários na Vale que lutam pelo direito à Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Desde que a PLR foi instituída, há 20 anos, é a primeira vez que a empresa anuncia que não fará o pagamento nesse ano.

Essa decisão da Vale atingirá 13 sindicatos ferroviários na sua  base no país, que totalizam cerca de 55 mil trabalhadores diretos e mais de 100 mil indiretos.

Na base da CNTTL/CUT, são seis sindicatos que abrangem as regiões do: Espírito Santo, Itabira (MG), Carajás (MG), Maranhão, Sergipe e Rio de Janeiro, que representam cerca  de 31 mil trabalhadores.

Intervenção e mobilização

O presidente do Sindicato dos Ferroviários do Maranhão, Lúcio Azevedo, que representa os empregados no Conselho de Administração da Vale, órgão máximo da empresa, pediu em reunião que o presidente da empresa, Murilo Ferreira, abra um canal de negociação. O pedido, no entanto, ainda não foi atendido.

Os ferroviários de Sergipe realizaram na semana passada paralisação para protestar contra esse descaso da Vale.

Banana para os ferroviários

Em nota, o Sindicato dos Ferroviários do Espírito Santo e Minas Gerais (Sindfer/CUT) criticou a posição da Vale, que reconheceu a participação dos diretores executivos no desempenho da empresa e desprezou o empenho dos empregados -- responsáveis pela alta performance.

O Sindicato explica que ao longo de 2015 a Vale obteve uma produção recorde de 345,9 Mt de minério de ferro. Somente em Carajás o recorde foi de 129,6 Mt. Já a produção de pelotas em Tubarão foi igualmente recorde: 6,6 Mt.  Níquel também bombou, com uma produção inédita de 291 milhões de toneladas. O cobre superou a produção de todos os anos anteriores, além do cobalto, ouro, carvão e fertilizante.

“Mas isso não fez a menor diferença para o biliardário Murilo Ferreira e seus milionários oito diretores executivos. A recompensa pelos excelentes serviços prestados pelos trabalhadores foi uma banana”, finaliza.



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