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A presidenta Dilma Rousseff utilizou o Twitter para encorajar as mulheres vítimas de violência a denunciarem situações de agressão, assédio ou estupro.
Ao divulgar o canal de atendimento à mulher – o telefone de número 180 –, ela disse que a sociedade brasileira “precisa avançar e acabar de vez com a cultura da violência”.
“Não aceite e não compactue! Denuncie”, escreveu Dilma, na rede social. A presidenta repercutiu a notícia de que, durante a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), cujo tema em 2015 foi a violência contra a mulher, pelo menos 55 mulheres denunciaram atos de violência que sofreram ou presenciaram.
“Muitas redações preocuparam os avaliadores com depoimentos de pessoas que foram assediadas, estupradas ou testemunharam violência. Em muitos desses casos a violência está bem próxima. A redação foi momento de reflexão não só para os participantes, mas para toda a sociedade. O aumento da conscientização sobre a violência contra a mulher ajuda a combater a violência”, disse Dilma.
De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a pasta acionou o Ministério Público Federal e a Secretaria de Políticas para as Mulheres. Segundo o órgão, a única que pode procurar ajuda ou mesmo divulgar a redação é a própria mulher.
Proteção à
mulher
A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 - está estruturado para atender as denúncias de violências praticadas contra as mulheres em todo o país e de brasileiras residentes em mais 16 países da América e Europa (Argentina, Bélgica, Espanha, EUA (São Francisco), França, Guiana Francesa, Holanda, Inglaterra, Itália, Luxemburgo, Noruega, Paraguai, Portugal, Suíça, Uruguai e Venezuela).
A Central funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados. Desde março de 2014, o Ligue 180 atua como disque-denúncia, com capacidade de envio de denúncias para a Segurança Pública com cópia para o Ministério Público de cada estado.
O Ligue 180 é um serviço de utilidade pública, gratuito e confidencial, pois preserva anonimato das vítimas e dos denunciantes, e é oferecido pela SPM desde 2005. A Central recebe denúncias de violência, reclamações sobre os serviços da rede de atendimento à mulher e orienta sobre os direitos e sobre a legislação de proteção à mulher, fazendo o encaminhamento para outros serviços quando necessário. Mais de 4,5 milhões de denúncias foram recebidas pelo serviço.
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