Rodada de negociação Aeronautas e Aeroviários - Vanessa Barboza/Mídia Consulte
Após determinação do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra da Silva Martins Filho, foi retomada nesta quinta-feira (10) as negociações da Campanha Salarial dos aeronautas e aeroviários filiados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil da CUT (FENTAC) com o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (SNEA). A rodada aconteceu na sede da bancada patronal, no bairro do Ibirapuera, em São Paulo.
Na ocasião, o Sindicato patronal, que representa as empresas Gol, TAM, Azul e Avianca, por meio do presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, apresentou a proposta de 0% de reajuste nos salários em troca de uma “suposta” garantia de manutenção dos empregos até a próxima data-base das categorias, 1º de dezembro de 2016.
A proposta foi rechaçada de forma unânime pela bancada dos trabalhadores que fez um questionamento a respeito da rotatividade no setor. “Mais de 1700 postos de trabalho foram fechados no País. Não há um esforço das empresas quando elas garantem estabilidade, pois a rotatividade é uma realidade no setor, pontuou o presidente da FENTAC, Sergio Dias.
Proposta inviável
O presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Comandante Adriano Castanho, reforçou que esse tipo de proposta é inviável. “Os trabalhadores vão perder a reposição salarial, que é direito, e vão se sentir ameaçados, pois não haverá garantia nos salários. Além disso, para o aeronauta, a demissão ocorre por fatores diferenciados como falha técnica, portanto, essa garantia de emprego não existe para a categoria”, explica.
Para o presidente do Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos (Sindigru), Rodrigo Maciel, a proposta também não contempla os trabalhadores em solo. “Já não existe um número suficiente de funcionários para dar conta do trabalho, o que gera uma precarização da mão de obra. Independente das condições, a categoria produziu e tem que receber o que é direito”, ressalta.
Já o presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), Luiz da Rocha Cardoso Pará, pontuou que será difícil segurar a categoria. “Com uma proposta dessa, a resposta dos trabalhadores será cruzar os braços”, alerta.
Salários rebaixados
Durante a reunião, o técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na FENTAC/CUT, Mahatma Ramos, também reforçou os dados de crescimento no setor e fez um importante apontamento sobre o ganho real. “A categoria precisou de 12 anos para acumular uma conquista de ganhos reais de 9,79%. Ou seja, apenas os trabalhadores que permanecem na categoria desde 2003 conseguiram tais ganhos. A proposta das empresas impõe uma derrota a todas essas conquistas, pois somados à rotatividade que rebaixa os salários, a categoria demoraria mais de uma década para recuperar o poder de compra nos salários”, concluiu.
Equilíbrio
Sergio Dias, presidente da FENTAC/CUT, defende a construção de uma proposta equilibrada. “A bancada patronal alega que essa proposta de estabilidade é uma novidade. No entanto, os trabalhadores já sofrem com a rotatividade no setor e salários rebaixados. Precisamos construir um acordo que avance de forma sustentável a favor dos trabalhadores para que possamos evoluir na negociação”, disse Dias.
Próxima rodada
A próxima rodada de negociação entre a FENTAC e o SNEA está agendada para o dia 17 de dezembro, quinta-feira, na sede do Sindicato patronal, em São Paulo.
Prazo TST
Conforme determinação do TST, as negociações deverão ser concluídas até o dia 22 de janeiro de 2016.
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