SP: Sindicalistas vão às ruas orientar e denunciar violência contra mulher no trabalho

Atividade faz parte da campanha mundial “16 dias de ativismo” pelo Fim da Violência Contra Mulher, que termina no dia 10 de dezembro

Por: Da CUT/SP
Publicação: 02/12/2015
Imagem de SP: Sindicalistas vão às ruas orientar e denunciar violência contra mulher no trabalho

Erica Aragão

Para marcar a campanha mundial “16 dias de ativismo” pelo Fim da Violência Contra Mulher, que no Brasil começou no último dia 20, a Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres (SPM-SP) e o Fórum Nacional das Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais realizaram um ato na terça (1º), em São Paulo.

A campanha, que vai até 10 de dezembro, tem como objetivo conscientizar a população sobre todas as formas de violência contra mulher, devido à desigualdade de gênero na sociedade, fruto da cultura machista e patriarcal no nosso país e no mundo. A Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania também participou da atividade, pois no mesmo dia da atividade é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS.

A atividade teve manifestação artística, panfletagem sobre violência no local de trabalho, atendimento às mulheres vítimas de violência em um ônibus móvel (uma política pública da SPM-SP), distribuição de camisinhas femininas e masculinas e testes rápido de HIV.

A CUT e as demais centrais que fazem parte do Fórum, produziram um panfletocom orientações sobre o que é ‘assédio moral e sexual’ no local de trabalho e como denunciar.

Participantes do Projeto Transcidadania, travestis e transexuais, que são estimuladas a fazer formação e entrar no mercado de trabalho, entregaram kits de preventivos, tanto feminino quanto masculino, e conversaram sobre prevenção a doenças sexualmente transmissíveis com a população que passava no local.

Segundo levantamento do Ministério da Saúde divulgado nesta terça (1º) o número de mortes por AIDS aumentou. Segundo dados oficiais, foram registradas 6,4 mortes a cada mil pessoas em 2003, enquanto que no ano passado registrou-se 5,7 falecimentos.

O ato foi encerrado com uma roda de conversa com as mais de 50 mulheres presentes no ato.

Sobre os 16 dias de ativismo

Os 16 Dias de Ativismo é uma campanha que teve início em 1991, quando mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (CWGL), se mobilizaram com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo.

A data é uma homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, que se posicionaram contrárias ao ditador Trujillo, ficando conhecidas como “Las Mariposas”, e foram assassinadas em 1960, na República Dominicana.

Cerca de 150 países desenvolvem esta campanha. No Brasil, ela acontece desde 2003, por meio de ações de mobilização e esclarecimento sobre o tema.

No Brasil, a campanha dos 16 Dias se inicia em 20 de novembro, no Dia da Consciência Negra, e termina em 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos.



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