divulgação
Em dez anos de funcionamento, quase 5 milhões de atendimentos foram feitos pela Central de Atendimento à Mulher-Ligue 180, disque-denúncia para casos de violência de gênero do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos.
São 250 atendentes (todas mulheres) que se revezam para atender ligações 24 horas por dia. O serviço está disponível em todos os Estados. Elas dão orientações, esclarecem dúvidas e podem registrar denúncias de agressões, tudo de forma sigilosa e segura.
Desde 2006, foram realizados 4.708.978 atendimentos. Desses, 552.748 foram relatos de violência contra a mulher, com destaque para os de violência física (56,72%) e psicológica (27,74%).
Entre 2006 e 2015, a Central consolidou-se como canal de informações sobre legislações e direitos, violências e crimes e serviços especializados no atendimento de mulheres em situação de violência. Ao longo de 10 anos, foram prestadas 1.661.696 de informações pelo Ligue 180 e 824.498 encaminhamentos a serviços da Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.
Números de 2015
Em 2015, de janeiro a outubro, a Central realizou 634.862 atendimentos. Foram em média 63.486 mensais e 2.116 diários. Essa quantidade foi 56,17% superior ao número de atendimentos realizados no mesmo período de 2014 (406.515).
Do total de atendimentos deste ano, 39,52% corresponderam à prestação de informações, principalmente sobre a Lei Maria da Penha; 9,65% foram encaminhamentos para serviços especializados; e 40,28% encaminhamentos para outros serviços de teleatendimento, tais como 190 da Policia Militar, 197 da Polícia Civil e Disque 100 da Secretaria de Direitos Humanos.
Em 2015, do total de atendimentos, 63.090 foram relatos de violência, dos quais 58,55% foram cometidos contra mulheres negras. Na avaliação dos técnicos da Central, esses dados demonstram a importância da inclusão de indicadores de raça e gênero nos registros administrativos referentes à violência contra as mulheres.
Dentre os relatos, 49,82% corresponderam a relatos de violência física; 30,40% de violência psicológica; 7,33% de violência moral; 2,19% de violência patrimonial; 4,86% de violência sexual; 4,87% de cárcere privado; e 0,53% de tráfico de pessoas.
Em comparação com o mesmo período em 2014, a Central de Atendimento à Mulher constatou que houve aumento de 300,39% nos registros de cárcere privado, com média de dez registros/dia; de 165,27% nos casos de estupro, com média de oito relatos/dia, ou seja, a cada 3 horas é registrado um caso de estupro no Ligue 180; e de 161,42% nos relatos de tráfico de pessoas, com registro médio de 1 registro/dia.
Nos primeiros seis meses de 2015, o Ligue 180 atendeu todas as 27 unidades da federação, com média de 52,45 relatos de violência por 100 mil mulheres.
A quantidade de relatos de violência entre janeiro e outubro de 2015 foi 40,33% superior aos relatos registrados no mesmo período em 2014 (44.957).
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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