FNP comemora 62 anos de lutas pelos direitos dos trabalhadores

Entidade lança livro da categoria portuária. CNTTL parabeniza aniversário

Por: Federação Nacional dos Portuários
Publicação: 28/09/2015

Foto: FNP

A união da classe portuária, o apoio ao Governo Federal no combate à corrupção e às medidas de ajuste fiscal e, principalmente, o apoio à democracia, foram os temas que marcaram o encontro entre líderes sindicais, na celebração dos 62 anos da Federação Nacional dos Portuários (FNP), realizada na sexta-feira (25), no Hotel Nacional, em Brasília (DF).

Na ocasião, foi lançado o livro “Federação Nacional dos Portuários: História de lutas, reivindicações e conquistas”, que reúne os fatos que marcaram a história da entidade, além de estudos, pesquisas e análises da classe portuária que subsidiaram as ações da FNP. O volume será distribuído para todo o Brasil.

O encontro reuniu lideranças e autoridades, como o secretário de organização da CUT, Jacy Afonso, o diretor geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Mário Povia, e o coordenador de relações sindicais do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), José Silvestre Prado de Oliveira, que coordenou a elaboração do livro.

Em seu discurso, o presidente da FNP, vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) e diretor executivo da CUT Nacional, Eduardo Lírio Guterra, destacou que a classe portuária brasileira comemora as conquistas dos últimos anos, mas também acompanha o cenário político e econômico com muita preocupação.

Ele destacou que o Governo Federal tem o apoio nas ações de combate à corrupção e de controle à crise econômica, mas as entidades sindicais estão atentas às medidas fiscais que poderão prejudicar os trabalhadores e as classes mais pobres. O presidente também abordou o papel das militâncias de esquerda no Brasil e a democracia.

“A nossa preocupação é com o papel e o caminho que a esquerda irá tomar. Nós, militantes, temos que ter preocupação com a história da esquerda. Se o impeachment da presidenta Dilma resolvesse todos os problemas, seria muito fácil. Precisamos, neste momento, reforçar a importância da democracia, nesse momento que a elite tenta enganar a população. Quem sofrerá com essa batalha política são os trabalhadores. Temos que olhar para a história, para ter uma visão mais clara da esquerda no Brasil”, afirmou o presidente da FNP.

No encontro, o representante do Dieese, José Silvestre, destacou que as medidas de ajuste fiscal propostas pelo Governo são necessárias, sendo um remédio amargo para o país voltar a se desenvolver, gerando emprego e renda. Eles, porém, não podem prejudicar a renda dos trabalhadores. “O que se questiona é quem vai pagar essa conta. As classes mais humildes não podem suportar um peso tão grande. Se afetar os trabalhadores, as medidas fiscais vão piorar ainda mais as condições de vida das famílias e despencar o consumo”, afirmou.

História

A Federação Nacional dos Portuários (FNP) foi fundada em setembro de 1953, sendo responsável por auxiliar nas orientações mais gerais da classe trabalhadora, coordenando a defesa, proteção e representação legal dos trabalhadores portuários ativos e com vínculos empregatícios, avulsos de capatazia e aposentados. A Federação atua em defesa dos portos e em prol do desenvolvimento socioeconômico do Brasil, dentro de um contexto de mudanças contínuas, marcado por forte modernização tecnológica e intensa disputa entre capital.

O livro “Federação Nacional dos Portuários: História de luta, reivindicações e conquistas” tem 170 páginas e faz um histórico das principais lutas sindicais nos últimos 62 anos. Entre as pautas recentes mais importantes está a criação do Marco Regulatório do Setor Portuário Brasileiro, previsto na Lei nº 12.815/13, que assegurou direitos da classe portuária e possibilitou o avanço do setor.

Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran

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