Vagner Freitas: “Quando a direita dá golpe, quem paga é o trabalhador”

A intolerância nunca traz benefícios ao povo, aponta o presidente da CUT


Publicação: 07/08/2015
Imagem de Vagner Freitas: “Quando a direita dá golpe, quem paga é o trabalhador”

Roberto Parizotti

O filme começa com agressões a três ex-ministros que ocuparam ou ocupam pastas nos governos dos ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff. Todas em São Paulo. Uma delas, num hospital frequentado pela classe média-alta paulistana. A cena seguinte mostra uma bomba arremessada em direção à sede do Instituto Lula. Até agora o autor não foi identificado pela Polícia Militar do Estado de São Paulo. Dá medo de pensar como termina essa película, com doses de terror e de drama.

Não dá para negar que a Dilma eleita está muito distante da Dilma que militantes e dirigentes da CUT e dos movimentos sociais defenderam durante a campanha eleitoral.

Falava-se em manutenção de direitos. As medidas provisórias 664 e 665 fizeram o contrário. Cobrava-se mais recursos para habitação e para a reforma agrária. O que o Brasil viu foi um contingenciamento de políticas públicas como parte de um ajuste fiscal nos moldes dos defendidos pelo candidato derrotado. Aécio Neves (PSDB-MG), que passou a liderar uma oposição ao Brasil. Aliado ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), essa oposição coloca em risco uma democracia duramente conquistada.

A defesa da democracia e da retomada do projeto de governo com justiça, inclusão social, distribuição de renda e geração de trabalho decente é o que o une os movimentos sindical e sociais a ir às ruas, conforme aponta o presidente da CUT, Vagner Freitas. 

Freitas destaca que é preciso enfrentar o clima de golpe alimentado por veículos de comunicação que perderam a vergonha de mentir e não são cobrados por isso, ainda que semanalmente as histórias que publicam sejam desmascaradas. Veículos que servem para inflamar maus perdedores interessados em levar as eleições para o tapetão. Numa espécie de eterno 3º turno, afirma.   

O presidente da CUT lembra, ainda, que nenhum golpe trouxe benefícios aos trabalhadores. Ao contrário, financiados por setores empresariais, ajudaram a impedir avanços ou desconstruir conquistas, como esses mesmos patrões buscam fazer no Congresso Nacional agora, em especial, na Câmara dos Deputados, sob regência do garçom dos patrões, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Da CUT


 

 



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