Foto: Roberto Parizotti
Eram mil pessoas apinhadas na estreita esquina onde fica o Instituto Lula, no bairro do Ipiranga, zona sul de São Paulo. Com bandeiras vermelhas e gritos de guerra, os manifestantes prestaram solidariedade ao ex-presidente Lula, que foi alvo de um atentado terrorista na última semana.
Após quase quarenta minutos de espera, o ex-presidente apareceu para receber flores, abraços e inúmeros pedidos de selfies. Lula agradeceu ao apoio e teve que voltar para dentro do instituto em seguida, por conta do tumulto gerado por sua presença.
Entre os que foram prestar solidariedade ao ex-presidente, estavam os ministros Edinho Silva (Comunicação Social) e Jaques Wagner (Defesa), que atacou o atentado no instituto. “É inadmissível o que aconteceu aqui, não vamos tolerar o uso da violência.”
Também foram ao ato os presidentes PT nacional, Rui Falcão, e estadual, Emídio de Souza, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), além dos secretários municipais de São Paulo, Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Eduardo Suplicy (Direitos Humanos).
“É um ato de solidariedade, mas uma condenação ao ódio e intolerância. Essa militância que está aqui ajudou a construir a democracia nesse País e não quer perdê-la em um golpe”, afirmou Rui Falcão.
Para a deputada Benedita da Silva, o atentado é um sinal do “medo que Lula provoca nas elites”. “Estão com medo porque o Lula colocou comida nas panelas brasileiras. Esse apoio é por conta do compromisso que o Lula tem com o Brasil e que faz com que o povo retribua com esse carinho todo que estamos vendo aqui.”
CUT, MTST e MST, além de militantes de partidos aliados, como PCdoB, foram ao ato. Porém, era notória a presença de pessoas que não pertenciam a nenhum movimento organizado. Jaqueline Lima é enfermeira e explicou que foi ato porque Lula “mudou sua vida”.
“Minha vida se transformou com ele na presidência, a minha e de minha família. Sou formada graças ao Lula, não poderia deixar de vir”, afirma Jaqueline, que soube do ato pela internet. “Quando vi que teria o abraço no instituto quis vir, fiquei muito preocupada com aquela violência [bomba], independente das denúncias, ele é maior que tudo que está acontecendo.”
Rafael Jovino é estudante e ficou impressionado com o apoio ao ex-presidente. “Nunca tinha visto ele de tão perto. Toda minha família gosta do Lula e eu achei que tinha que estar aqui para apoiar ele. Esse negócio de jogar bomba não é legal, queria ver se fosse com os coxinhas”, reclamou.
Da CUT
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