Augusto Coelho
Com macacões cor de
laranja da Petrobras e coletes vermelhos da CUT, homens e mulheres
de todo o país lotaram o auditório Nereu Ramos, da Câmara dos
Deputados, nesta terça-feira (14), para reafirmar o compromisso de
trabalhadores, estudantes e movimentos sociais com a soberania
nacional e a democracia.
A mobilização convocada por uma Frente Parlamentar em Defesa
Petrobras, que possui 240 parlamentares, contou com apoio de
representantes da CUT e da FUP (Federação Única dos Petroleiros)
para repudiar o Projeto de Lei do Senado (PLS 31/2015), do senador
José Serra (PSDB-SP), que propõe a mudança no modelo de exploração
do pré-sal.
A mobilização dos trabalhadores já havia derrubado na semana
passada o regime de urgência para o texto de Serra, que retira a
obrigatoriedade de a estatal entrar com ao menos 30% dos
investimentos na perfuração dos blocos e ser a operadora única da
camada, conforme determina a Lei de Partilha nº 12.351/2010.
Na ocasião, também ficou definido que os parlamentares criarão uma
comissão especial para debater o PLS por 45 dias.
Em defesa da soberania
No mesmo Congresso onde os trabalhadores enfrentaram e venceram a
tentativa de concessão da Petrobras pelo PSDB, em 2009, o
presidente da CUT, Vagner Freitas, ressaltou que o debate sobre a
mudança na forma de exploração do pré-sal não é apenas uma
discussão sobre o modelo de organização empresarial,
mas também sobre o futuro de políticas públicas de educação e
saúde.
A lei sancionada durante o primeiro governo Dilma Rousseff
determina que 50% dos recursos do Fundo Social do Pré-sal e dos
royalties do petróleo sejam direcionados para esses segmentos. Esse
fato aliado à condição de uma das principais indutoras do
desenvolvimento faz com que a Petrobras seja um alvo preferencial
para a direita. Para Vagner, os golpistas querem aproveitar um
momento de turbulência para derrubar o avião.
“Debito e coloco na conta dos golpistas da direita conservadora, da
mídia golpista, dos partidos direitistas que continuam
estabelecendo um terceiro turno no Brasil, não aceitando o
resultado democrático do processo eleitoral, cada demissão de cada
trabalhador brasileiro que perde emprego porque a economia está
paralisada. O que eles querem fazer, ao quebrar as empreiteiras
brasileiras, é abrir espaço para que as empreiteiras internacionais
entrarem no Brasil trazendo seus serviços terceirizados colocando
em risco trabalhadores e direitos que temos”, definiu.
Aos que sonham com um
golpe, o dirigente deu o recado. “Muitos morreram para que
conquistássemos a democracia e sabemos que onde não tem democracia,
quem sofre é o trabalhador, o empregado, porque o tubarão se livra.
Se querem fazer o debate democrático, que façam a discussão de
ganhar ou perder a eleição em 2018, isso é democrático. Agora, se
tentarem o golpe, se tentarem parar o governo democrático eleito
pelo povo brasileiro, se tentarem tirar a presidenta Dilma, vão
encontrar um militante da CUT em cada esquina.”
A afirmação fez coro com a intervenção de representantes do MAB
(Movimento dos Atingidos por Barragens), da UBES (União Brasileira
de Estudantes Secundaristas) e da UNE (União Nacional dos
Estudantes), que afirmaram a resistência e a unidade diante do
golpe e da sabotagem à Petrobras.
Da CUT
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