Jose Augusto Valente - foto: Roberto Parizotti
Confira abaixo artigo do consultor em Logística, José Augusto Valente, que faz questionamentos sobre as possíveis causas do trágico acidente que matou o cantor Cristiano Araújo e sua namorada. Leia a seguir:
A morte desnecessária do cantor e sua namorada*
Em relação ao acidente que causou a
morte do cantor Cristiano Araújo, e sua namorada, perguntas
precisam ser respondidas:
1. O motorista e o empresário sofreram ferimentos leves, apesar da
Range Rover ter sido destruída, porque usavam cinto de
segurança?
2. O cantor e a namorada morreram, praticamente no momento do
acidente, porque estavam sem cinto de segurança, motivo pelo qual
eles teriam sido arremessados para fora do veículo, durante o
capotamento?
3. Essa rodovia, onde ocorreu o acidente, é de pista dupla, com
largo canteiro central. Uma das melhores do país. O que leva os
motoristas a deslocamentos em alta velocidade, quando o limite é
110km/h.
Pergunto: qual a velocidade do veículo antes da
capotagem?
Eu imagino quais sejam as respostas
para as três perguntas e alerto para o fato de que a grande maioria
das pessoas não utiliza cinto de segurança quando viajam no banco
traseiro. Essa é uma das principais causas de mortalidade ou
severidade nos acidentes nas estradas e nas cidades.
A outra causa, especialmente em estradas muito boas, é a
imprudência dos motoristas ao dirigirem em velocidades acima da
permitida. Isso é agravado pela impressão que os atuais veículos
são invulneráveis a acidentes. Na verdade, ocorre com muita
frequência a travessia de animais nas estradas. Quando isso
acontece, não há quem segure o veículo na pista.
Outro fato, causador de muitos acidentes, é a fadiga e sono do
motorista. Quando isso ocorre, a velocidades superiores a 80km/h, a
saída do veículo da pista com capotamento ou choque frontal é uma
consequência quase natural. Aí, só "airbag" e cinto de segurança
salvam. .
Se minhas suspeitas forem confirmadas, pela perícia e/ou pelo
depoimento dos sobreviventes, espero que essas duas trágicas mortes
sirvam, pelo menos, como um grande alerta para impedir que outras
ocorram daqui pra frente.
Informações preliminares da pesquisa
sobre custos de acidentes rodoviários, desenvolvida pelo Ipea e
pelo Denatran, mostram que, quanto melhores as condições das
rodovias, maior a quantidade e o custo dos acidentes
rodoviários.
Isso é natural, pois, nas rodovias onde estão os grandes volumes de
tráfego, maior é a probabilidade de ocorrência de acidentes.
As rodovias estaduais de São Paulo são, reconhecidamente, as
melhores do país. Entretanto, lideram o ranking de custo anual de
acidentes, com R$ 3,3 bilhões. Em segundo lugar, vem o conjunto de
rodovias federais do Sudeste (SP, MG, RJ e ES), com R$ 2,4 bilhões.
Em seguida, as rodovias estaduais de Minas Gerais, com R$ 1,9
bilhões; as federais do Sul (RS, SC, PR), com R$ 1,6 bilhões; e a
malha estadual do Paraná, com R$ 1,2 bilhões. No total, o custo
anual de acidentes em rodovias municipais, estaduais e federais
atinge o valor de R$ 22,0 bilhões, sendo que as malhas municipais e
estaduais custam R$ 15,5 bilhões, quase 70% do custo total.
Só na malha federal morrem, por ano, 10 mil pessoas – entre
ocupantes de veículos e atropelados. As principais causas são
excesso de velocidade; alcoolismo e drogas; excesso de peso nos
caminhões; cansaço dos motoristas pelo excesso de tempo de direção;
ultrapassagens em locais proibidos ou perigosos; precariedade dos
veículos; rodovias insuficientemente sinalizadas e/ou conservadas;
baixa proteção aos pedestres; condutores de veículos despreparados
para dirigir em rodovias; entre outras.
Essa é uma tragédia cotidiana, silenciosa e invisível que mata
cerca de 30 mil pessoas (rodovias e trânsito urbano) e deixa mais
de 200 mil feridos a cada ano.
*José Augusto Valente é consultor em logística e
transportes
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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