"Quanto melhores as rodovias, maior a quantidade dos acidentes"

Leia artigo do consultor José Augusto Valente


Publicação: 26/06/2015
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Jose Augusto Valente - foto: Roberto Parizotti

Confira abaixo artigo do consultor em Logística, José Augusto Valente, que faz questionamentos sobre as possíveis causas do trágico acidente que matou o cantor Cristiano Araújo e sua namorada. Leia a seguir:

A morte desnecessária do cantor e sua namorada*

Em relação ao acidente que causou a morte do cantor Cristiano Araújo, e sua namorada, perguntas precisam ser respondidas:

1. O motorista e o empresário sofreram ferimentos leves, apesar da Range Rover ter sido destruída, porque usavam cinto de segurança?
2. O cantor e a namorada morreram, praticamente no momento do acidente, porque estavam sem cinto de segurança, motivo pelo qual eles teriam sido arremessados para fora do veículo, durante o capotamento?
3. Essa rodovia, onde ocorreu o acidente, é de pista dupla, com largo canteiro central. Uma das melhores do país. O que leva os motoristas a deslocamentos em alta velocidade, quando o limite é 110km/h.

Pergunto: qual a velocidade do veículo antes da capotagem?

Eu imagino quais sejam as respostas para as três perguntas e alerto para o fato de que a grande maioria das pessoas não utiliza cinto de segurança quando viajam no banco traseiro. Essa é uma das principais causas de mortalidade ou severidade nos acidentes nas estradas e nas cidades.

A outra causa, especialmente em estradas muito boas, é a imprudência dos motoristas ao dirigirem em velocidades acima da permitida. Isso é agravado pela impressão que os atuais veículos são invulneráveis a acidentes. Na verdade, ocorre com muita frequência a travessia de animais nas estradas. Quando isso acontece, não há quem segure o veículo na pista.
Outro fato, causador de muitos acidentes, é a fadiga e sono do motorista. Quando isso ocorre, a velocidades superiores a 80km/h, a saída do veículo da pista com capotamento ou choque frontal é uma consequência quase natural. Aí, só "airbag" e cinto de segurança salvam. .

Se minhas suspeitas forem confirmadas, pela perícia e/ou pelo depoimento dos sobreviventes, espero que essas duas trágicas mortes sirvam, pelo menos, como um grande alerta para impedir que outras ocorram daqui pra frente.


Informações preliminares da pesquisa sobre custos de acidentes rodoviários, desenvolvida pelo Ipea e pelo Denatran, mostram que, quanto melhores as condições das rodovias, maior a quantidade e o custo dos acidentes rodoviários.

Isso é natural, pois, nas rodovias onde estão os grandes volumes de tráfego, maior é a probabilidade de ocorrência de acidentes.

As rodovias estaduais de São Paulo são, reconhecidamente, as melhores do país. Entretanto, lideram o ranking de custo anual de acidentes, com R$ 3,3 bilhões. Em segundo lugar, vem o conjunto de rodovias federais do Sudeste (SP, MG, RJ e ES), com R$ 2,4 bilhões. Em seguida, as rodovias estaduais de Minas Gerais, com R$ 1,9 bilhões; as federais do Sul (RS, SC, PR), com R$ 1,6 bilhões; e a malha estadual do Paraná, com R$ 1,2 bilhões. No total, o custo anual de acidentes em rodovias municipais, estaduais e federais atinge o valor de R$ 22,0 bilhões, sendo que as malhas municipais e estaduais custam R$ 15,5 bilhões, quase 70% do custo total.

Só na malha federal morrem, por ano, 10 mil pessoas – entre ocupantes de veículos e atropelados. As principais causas são excesso de velocidade; alcoolismo e drogas; excesso de peso nos caminhões; cansaço dos motoristas pelo excesso de tempo de direção; ultrapassagens em locais proibidos ou perigosos; precariedade dos veículos; rodovias insuficientemente sinalizadas e/ou conservadas; baixa proteção aos pedestres; condutores de veículos despreparados para dirigir em rodovias; entre outras.

Essa é uma tragédia cotidiana, silenciosa e invisível que mata cerca de 30 mil pessoas (rodovias e trânsito urbano) e deixa mais de 200 mil feridos a cada ano.


*José Augusto Valente é consultor em logística e transportes



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