Brasília: Rodoviários conquistam 10% de reajuste salarial e encerram greve

“Sem nossa capacidade e disposição de luta, os patrões não dariam nada além da inflação”, disse o presidente do Sindicato, Jorge Farias


Publicação: 11/06/2015
Imagem de Brasília: Rodoviários conquistam 10% de reajuste salarial e encerram greve

Foto: Sindicato

Os rodoviários de Brasília encerraram a greve, iniciada na segunda-feira (8), com reajuste de 10% nos salários e 11% no tíquete alimentação. O retorno dos motoristas e cobradores ocorreu no final da tarde de quarta (10). O sistema de ônibus será totalmente normalizado nesta quinta-feira (11). A informação é da CUT/DF.

Os trabalhadores enviaram à Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos uma nova proposta que diminuía os percentuais de reajuste reivindicados, na manhã de quarta-feira (10), após acabar sem acordo a primeira audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

A nova proposta dos rodoviários foi formulada e aprovada em assembleia de manhã na Rodoviária do Plano Piloto. 

Segundo o Sindicato dos Rodoviários do DF (Sittrater), a proposta inicial dos patrões era inaceitável: 8,34%de reajuste  nos salários – valor correspondente ao aumento da inflação – sem reajuste no auxílio-alimentação. Enquanto isso, o pedido dos trabalhadores era de 20% a mais nos salários e 30% no auxílio-alimentação. 

Uma nova audiência, marcada para sexta-feira (12), vai discutir a multa instituída pela Justiça ao Sindicato pela paralisação que durou 3 dias. O valor da multa é de 100 mil reais por dia de greve.

A luta continua

De acordo como o presidente do Sittrater, Jorge Farias, a luta dos rodoviários ainda não acabou. “Nós sempre buscaremos melhores condições e direitos para a categoria. Dessa vez, tivemos que recuar um pouco para que chegássemos a um acordo, pois vimos que os rumos da negociação poderiam prejudicar os trabalhadores. Mas só foi com dura luta dos rodoviários, enfrentando pressões e intimidações de toda ordem, que conseguimos aumento real, além da inflação, nos salários e no auxílio alimentação. Sem nossa capacidade e disposição de luta, os patrões não dariam nada além da inflação”, finaliza.

Redação CNTTL com CUT/DF 

 



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