Contra o PL 4330: "Se tiver que fazer greve geral, os trabalhadores em transportes estarão juntos”

A frase é do presidente da CNTTL, Paulo João Estausia, Paulinho


Publicação: 08/05/2015
Imagem de Contra o PL 4330:

Delegados e delegadas no 1º Congresso da CNTTL/CUT - foto: Marcos Vinicio Costa

O trabalhador rodoviário do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba, Paulo João Estausia, mais conhecido como Paulinho, foi reeleito presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística da CUT (CNTTL/CUT), em 1º Congresso da entidade, que  realizado do dia 26 a 28 de abril, no Centro de Convenções do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba, em Votorantim, São Paulo.

A reeleição e a definição do Plano de Lutas da entidade (mandato 2015-2018) foram aprovadas por unanimidade pelos 150 delegados e delegadas dos modais de transportes rodoviário, ferroviário, metroviário, moto-táxi, portuário, fluvial, viário, aéreo e do setor de cargas de todo o País.

Em entrevista ao Portal da CNTTL/CUT​ , Paulinho, disse que a nova Direção da Confederação cutista de Transportes aprovou como bandeiras de lutas prioritárias o enfrentamento ao nefasto Projeto de Lei 4330, que permite de forma indiscriminada a terceirização no Brasil, e o fim do fator previdenciário.

“Atenderemos, como sempre fizemos, o chamado da CUT para barrar a aprovação deste terrível PL no Senado. Se tiver que fazer greve geral, os trabalhadores em transportes estarão juntos”, alerta. 

O sindicalista disse que o Plano de Lutas está rico e inclui demandas específicas de todos os modais. “Seremos fiéis às resoluções aprovadas pela nova Direção, colocaremos em prática tudo o que for planejado pelo mandato. Fatos novos surgirão na demanda nacional e também estaremos presentes”, destaca.

 O sindicalista falou que a CNTTL agendará uma reunião com a presidenta Dilma Rousseff para apresentar a pauta de reivindicações dos trabalhadores em transportes.

“Já temos um canal diálogo permanente de negociação com o governo, por meio dos caminhoneiros, e agora a questão é apenas agendar, priorizar os temas da resolução do Congresso e  buscar os nossos objetivos”, frisa.

Paulinho disse que a realização de reuniões quadrimestrais com a Direção Plena foi outro encaminhamento aprovado que será muito produtivo e ajudará a reconduzir as lutas dos trabalhadores em transportes. 

Regularização da CNTTL e Relações Internacionais

A consolidação da regularização da CNTTL junto ao Ministério do Trabalho e a sua filiação a organizações internacionais são outras prioridades. “Alguns países, como os portuários do Peru, querem se filiar à nossa Confederação. Também queremos fazer a filiação à Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes (ITF). O nosso estatuto permite”, explica.
 
Caminhoneiros

Outra meta é organizar os caminhoneiros, separar os trabalhadores dos empresários. “Queremos consolidar a luta, politizá-los, para que não sejam usados por qualquer setor empresarial deste país, como aconteceu recentemente, que fizeram paralisações com a finalidade  de resolver os problemas particulares e não dos trabalhadores caminhoneiros", argumenta.
 
Perguntado como espera ver a CNTTL em 2018, Paulinho disse: “Muito maior que está hoje e que tenha um  balanço positivo de lutas ”, finaliza.
 
Viviane Barbosa, Assessora de Comunicação e Imprensa da CNTTL/CUT



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