Benedito Pantalhão - foto: Marcos Vinicio Costa
As experiências e propostas dos
trabalhadores em transportes foram socializadas em mesa de debates
do 1º Congresso da CNTTL/CUT na tarde de segunda-feira (27), no
Centro de Convenções do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba, em
Votorantim, em São Paulo. Nesta terça-feira (28), os 150 delegados
e delegadas debatem em grupos as lutas da CNTTL para o próximo
período.
O Congresso termina nesta quarta-feira (29) com a eleição da nova
Diretoria da Confederação e a definição do Plano de lutas para o
próximo período.
Benedito Pantalhão, presidente do Sindicato dos Caminhoneiros
Autônomos da Região Metropolitana de Campinas disse que iniciativa
da CNTTL em conjunto com os caminhoneiros autônomos em formar um
grupo para negociar as pautas do setor de cargas com o
governo federal foi fundamental. “Os meios de comunicação
estão dando voz para estes falsos representantes, que defendem
apenas os interesses dos empresários e não os nossos, que somos
trabalhadores caminhoneiros”.
Ele comentou que o transporte de cargas é a profissional mais
importante que existe no País, porque engloba todos os modais e a
sociedade. “Nós começamos a nos organizar a partir de 2010,
diferente de vocês, que estão organizados há muito tempo”.
Ele disse que o setor tem um peso estratégico e citou que no Brasil
existem 960 mil caminhoneiros autônomos e 1,5 milhão de empresas.
“Quando acontece uma paralisação que atinge 3%, principalmente, nas
regiões Sul e norte, o Brasil vira um caos”.
Lei do Eixo Suspenso
Pantalhão falou sobre uma das conquistas na reunião do governo
sobre a pauta dos caminhoneiros que é a isenção de pagamento de
pedágio para o eixo suspenso de caminhões vazios. No entanto,
no Estado de São Paulo, a Artesp (Agência Reguladora de Serviços
Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo) não vem
cumprindo essa legislação federal. “A presidenta Dilma sancionou a
Lei sem veto, atendendo a nossa pauta. Agora, sem explicação
lógica, a Artesp disse que não poderia respeitar a Lei, alegando
não foi muita clara”, alfineta.
Pantalhão disse que esta manobra é política, o governo do Estado de
São Paulo é tucano e faz oposição ao governo petista. “Enquanto,
eles passam por cima desta lei federal, o dinheiro sai do nosso
bolso”.
A liderança do setor de cargas informou que acionou o Ministério
Público Federal e, caso o governo estadual, continue com essa
postura, envolverá a sociedade civil. “O pedágio não só prejudica,
como atrapalha e toma dinheiro do caminhoneiro, mas sim de todos os
brasileiros. Aqui em São Paulo é um roubo descarado”,
finaliza.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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