Protesto realizado na manhã desta quarta-feira - foto: divulgação
Iniciou às 7h,na Rodovia Hélio Smth, que dá acesso ao Aeroporto de
Guarulhos, uma caminhada em protesto ao Projeto de Lei 4330, que
foi aprovado na semana passada pela Câmara dos Deputados.
Participam mais de 400 metalúrgicos (as), que estão participando do
9º Congresso Nacional da CNM/CUT, trabalhadores na construção
civil, aeroviários, aeroportuários e motoristas.
A manifestação faz parte do Dia Nacional de Paralisação contra o PL
4330/04, que é organizado pela CUT, CTB, NCST, Intersindical,
Conlutas e movimentos populares do campo e da cidade,
No ABC paulista, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC realizou
assembleias com paralisações nas montadoras Ford, VolKs e Mercedes,
que contou com uma grande adesão dos trabalhadores.
Foto no ABC paulista: crédito Adonis Guerra
As paralisações ocorrerão em todas as categorias cujos sindicatos
são filiados as cinco centrais sindicais. Pode ser atraso na
entrada de meia ou uma hora com realização de assembleia na porta
do local de trabalho - fábrica, portos, banco ou comércio e
serviços – pode ser paralisação de duas horas, quatro, enfim, é dia
de luta e cada categoria decide como deve participar.
foto: Rodovia Hélio Smith - foto:
militantes
O presidente da CUT, Vagner Freitas, afirma que toda forma de
manifestação é válida. Segundo ele, a classe trabalhadora
organizada e combativa está lutando contra o PL 4330 porque ao
invés de regulamentar os já terceirizados, melhorando as condições
de trabalho e renda, o projeto visa, na verdade, dar segurança
jurídica para os empresários precarizarem as condições de trabalho
de todos/as os/as brasileiros/as. “O que eles querem é
terceirizar todas as atividades das empresas única e exclusivamente
para aumentar os lucros das empresas”.
O texto-base do PL, aprovado pela Câmara dos Deputados no último
dia 8, depois que o presidente da Casa, Eduardo Cunha, colocou o
projeto para aprovação urgente, urgentíssimo, legaliza a
terceirização em todos os postos de trabalho da cadeia produtiva.
Atualmente, a terceirização só é permitida nas atividades meio das
empresas, como faxina, portaria e segurança.
Votação
O presidente da Câmara , Eduardo Cunha, adiou a votação de
"destaques" no PL de terça para esta quarta-feira (15). O
projeto ainda tem de passar pelo Senado.Dos 28 partidos com
representação na Câmara, só o PT e o PSOL votaram integralmente
contra o projeto - apenas um deputado do PCdoB votou a favor.
Viviane Barbosa com informações da CUT
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