PL 4330: “Vamos lutar até o fim para preservar os salários e direitos trabalhistas”

O presidente da CNTTL/ CUT convoca todos os sindicatos cutistas do ramo do transporte para participar da paralisação desta quarta-feira (15)


Publicação: 13/04/2015
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CNTTL

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística da CUT (CNTTL) convoca todos os sindicatos cutistas do ramo do transporte para participar nesta quarta-feira (15) do ato contra o PL 4330, que regulamenta a terceirização de forma irrestrita. "Vamos lutar até o fim para preservar os salários e direitos trabalhistas", defende Paulo João Estausia, Paulinho, presidente da CNTTL e do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba.

A Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (8) o projeto de lei 4330, que permite a terceirização da atividade-fim e, consequentemente, abre caminho para a precarização das relações trabalhistas, como redução de salário e perdas de direitos.

A votação mostra a fragilidade da bancada trabalhista no Congresso, 324 deputados votaram favoravelmente à terceirização, 137 votaram contra e 2 se abstiveram. Apenas o PT, o PCdoB e o PSOL indicaram voto contrário ao PL 4330.

"A terceirização atende a apenas um propósito: reduzir salários e direitos. Um exemplo recente e que ainda está em curso é o da Sorocaba Refrescos Coca-Cola. A empresa demitiu todos os motoristas e ajudantes e terceirizou o setor de distribuição e entrega para uma empresa de Itu, que paga a metade do salário e nenhum benefício. O trabalhador que em Sorocaba recebia mais de R$ 2.200,00, em Itu recebe R$ 1.200,00. Em Sorocaba tinha cesta básica, tíquete-refeição, PLR, plano de saúde familiar entre outros benefícios. Em Itu não tem nada. Isso é a terceirização", afirma Paulinho.

Perdas para o trabalhador

Segundo estudo do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), publicado em 2014, o trabalhador terceirizado trabalha três horas a mais, em média, além de receber 25% a menos pelo mesmo serviço.

O estudo também aponta que os terceirizados ficam 3,1 anos a menos no emprego do que os trabalhadores contratados diretamente, e estão mais expostos a acidentes de trabalho.

15 de abril 

A CUT orientou todos os sindicatos de base para que cruzem os braços contra o projeto de terceirização sem limites, no dia 15 (quarta-feira). Nesta data, a Central fará em todo o País atividades diante das federações da indústria e integrará os atos por direitos e contra a direita.  
O presidente nacional da Central, Vagner Freitas, apontou que a luta contra o PL 4330 é o combate mais importante da atual conjuntura porque assola os direitos dos trabalhadores.

ATO JÁ MARCADOS

EM SÃO PAULO, serão realizados vários atos contra o 4330, como atraso na entrada de fábricas, paralisações de algumas horas em outros setores, fechamento de rodovias etc.

O primeiro ato que vai reunir diversas categorias, como bancários, metalúrgicos, químicos, petroleiros e o pessoal do setor de serviços e comércio entre outros no mesmo local, será às 15h, em frente a FIESP, na Av. Paulista, 1313.

Depois, os militantes e trabalhadores seguirão para o Largo da Batata, onde às 17h participam do ato “Contra a Direita Por Mais Direitos”, com dezenas de outros movimentos populares do campo e da cidade.

No  CEARÁ, o ato será a partir das 8h, na Praça do Carmo / Tel.: 85- 3464.7377 

Em BRASILIA, – às 16h, tem uma concentração em frente à sede da CUT, que fica na SDS - Ed. Venâncio V - subsolo - lojas 14 – Bloco R, Asa Sul, Tel.: 61- 3251.9373// Depois, militantes seguem em caminhada até a rodoviária. 

No RIO DE JANEIRO , às 16h, começa a concentração na Candelária. Depois militantes e trabalhadores seguem em caminhada até a Firjan  / Tel.: 21- 2196.6700 / 6706 / 

Em CURITIBA, o ato começa à partir das 11h30, na Praça Santos Andrade// tel.: 41- 3232.4649 / 3232.0272 

No PIAUÍ, o ato começa às 10h, na Praça Rio Branco

Em PORTO ALEGRE,  durante a parte da manhã, os sindicatos realizarão atividades com suas categorias. Às 12h, os militantes e trabalhadores se concentração em frente à Federação do Comércio, na Av. Alberto Bins, 665. Depois, seguirão caminhando até a Assembleia Legislativa. Tel.: 51- 3224.2125

 

Redação CNTTL com Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e CUT



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