Reunião da Comissão Paritária FENTAC e SNEA no dia 9 de abril de 2015- foto: Viviane Barbosa/Mídia Consulte
Mais uma vez, as empresas aéreas mantiveram posição intransigente na hora de definir um piso salarial justo e as atribuições ao trabalhador que atua no Check-in nos aeroportos.
Este sentimento foi comprovado em reunião, ocorrida nesta quinta-feira (9), da Comissão Paritária, proposta pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), da qual participaram a bancada patronal do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (SNEA) e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil da CUT (FENTAC/CUT). Esta é a terceira reunião e foi proposta pelo TST como um encaminhamento de reivindicações dos trabalhadores na Campanha Salarial 2014/2015, que foi fechada no começo deste ano.
Inócua
O dirigente da FENTAC e do Sindicato Nacional dos Aeroviários
(SNA), Nilton Oliveira Mota Santos, ficou frustrado com o discurso
do presidente do SNEA, Odilon Junqueira, que deixou claro que as
empresas não têm interesse em criar um novo piso, e pior, ainda
propuseram mudar a nomenclatura do cargo de “Agente de Check-in”
para “Atendente de Aeroporto” e pagariam o salário de quem atua na
área de serviços gerais, hoje fixado em R$
1.053,00. “Para nós essa proposta é inócua, porque já
existe na nossa Convenção Coletiva de Trabalho, o piso para esses
profissionais. Eles manifestaram um tom de ameaça, falando que se
for aprovado o PL 4.330 da terceirização, as empresas poderão
terceirizar”, frisa.
A FENTAC reivindica a criação de um piso para o trabalhador do
Check-in no valor de R$ 1.400 e que seja caracterizada as suas
funções. “É uma vergonha para as empresas aéreas se recusaram a
pagar a nossa proposta de piso. Quem trabalha nesta aérea
desempenha funções importantes que asseguram a segurança no voo,
como: a conferência da documentação, a checagem da bagagem dos
clientes e, se fizer um procedimento errado, o trabalhador ainda é
punido. Além disso, as empresas exigem que fale inglês/espanhol”,
atesta Mota.
Hoje, segundo levantamento preliminar do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), os Agentes de Check-in recebem em média, depende da região, de R$ 990 (TAM-Navegantes) a R$ 1.735,00 (GOL-Guarulhos após dois anos na função).
A Azul, por exemplo, adota “um piso”
de R$ 1.053 para todos os trabalhadores do Check-in no País.
“Cada vez mais as empresas estão desvalorizando a categoria
aeroviária”, lamenta o dirigente.
Reunião
bimestral
Não ficou definida uma nova data para dar continuidade aos debates da Comissão Paritária. O SNEA propôs uma agenda para, o dia 29 de abril, às 10h, na sede da entidade patronal, para tratar da reunião bimestral, acertada em Convenção Coletiva de Trabalho.
Entenda mais:
Proposta da FENTAC ao SNEA
A FENTAC reivindica que as empresas aéreas caracterizem as
atividades que compõem o processo laboral dos Agentes de Check-in,
que hoje não têm piso definido, além de estabelecer os locais nos
quais esta função pode ser desempenhada e seu valor
mínimo.
Atribuições hoje do Agente de Check-in:
Realiza atendimento e orientação ao
cliente;
Checa a documentação do passageiro;
Efetua perguntas de segurança;
Etiqueta, lacra e despacha as bagagens;
Emite cartão de embarque;
Realiza leitura de bilhetes;
Insere a documentação e informações do passageiro no
sistema.
Local de
Trabalho:
Saguão do Aeroporto e Balcão de Atendimento aos
clientes.
Piso Salarial Reivindicado: R$ 1.400,00. (O valor reivindicado é um piso mínimo cujo poder de compra visa garantir as necessidades e direitos vitais básicos do trabalhador e sua família).
*Informações de Mahatma Ramos, da
Subseção do Dieese da FENTAC/CUT
Da FENTAC
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