Antônio Cruz (ABr)
O ministro da Secretaria da
Presidência da República, Miguel Rossetto, assumiu o compromisso
com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e
Logística da CUT (CNTTL/CUT) de construir uma agenda permanente de
negociação para avançar na pauta de reivindicações dos
caminhoneiros no Brasil.
O anúncio foi feito na noite de terça-feira (25), após reunião com
a presidenta Dilma Rousseff, que reuniu também os ministros dos
transportes, Antonio Carlos Rodrigues, e da Agricultura, Kátia
Abreu. Os ministros haviam iniciado o debate sobre a pauta dos
caminhoneiros com o presidente da CNTTL, Paulinho, e empresários do
setor na tarde de terça.
Segundo Rossetto, a presidenta Dilma assumiu o compromisso de
atender de forma imediata as seguintes reivindicações dos
caminhoneiros: sancionará de forma integral
e, sem vetos, a nova Lei do Motorista, o Projeto de Lei
Complementar (PLC) 41/2014 que aperfeiçoa a
Lei atual 12.619/2012 – que inclusive já foi aprovado pelo Senado e
Câmara dos Deputados; não reajustará o preço do óleo diesel pelo
período de seis meses e adotará uma política de refinanciamento das
dívidas dos caminhões do programa Pró-Caminhoneiro e Finame,
possibilitando que o pagamento do financiamento atrasado possa ser
feito com a carência de 12 meses, beneficiando os caminhoneiros que
estão passando por dificuldades
financeiras.
Frete
Rossetto propôs em uma próxima reunião com a CNTTL/CUT a construção
de uma tabela referencial mínima de frete por modalidade. Neste
encontro, participarão os embarcadores e os transportadores e todo
o debate será mediado pelo governo.
Vitória e fim dos piquetes
“Saímos desta reunião com o sentimento de vitória. Após décadas de
lutas dos caminhoneiros, o governo abriu as portas para a
negociação e avançamos em algumas pautas”, disse o presidente da
CNTTL/CUT, Paulo João Estausia, o Paulinho, após o pronunciamento
do ministro Rossetto.
Paulinho disse que o anúncio da sanção da nova Lei do Motorista
trará avanços para os caminhoneiros. “São muitos pontos
importantes, destaco, por exemplo, a correção do pagamento do tempo
de espera e das diárias. Outra grande conquista é que os
caminhões com eixo erguido não pagarão mais pedágio”, ressalta.
O presidente da CNTTL deixou claro que estes avanços
só serão alcançados com a suspensão imediata dos piquetes/bloqueios
que estão acontecendo em algumas estradas do Brasil. “O caminho
agora é a negociação. O governo está com as portas abertas. Temos
que aprofundar os debates para que possamos avançar cada vez mais
nas nossas reivindicações”, finaliza.
Pauta
Essas reivindicações dos caminhoneiros, entre outras, foram
definidas em Encontro Nacional dos Transportadores Autônomos,
promovido pela CNTTL/CUT, durante os dias 26 e 27 de novembro de
2014, em Votorantim (SP), que reuniu lideranças dos caminhoneiros
autônomos de São Paulo, Santos, Campinas, Guarulhos, Minas Gerais,
Rio Grande do Sul, Paraná, Tocantins e de outras regiões do
País.
A pauta foi entregue pela Confederação à Casa Civil e à Secretaria
Geral da Presidência da República no fim de 2014.
Comissão que está debatendo a pauta dos caminhoneiros com o
governo:
Paulo João Estausia - presidente da CNTTL/CUT
Carlos Roesel – presidente do Sindicato dos Cegonheiros de Minas
Gerais
Carlos Alberto Litti Dahmer – presidente Sindicato dos
Caminhoneiros Autônomos de Ijui- RS
Vantuir José Rodrigues – presidente Sindicato dos Caminhoneiros
Autônomos de Goiana e Região
Benedito Pantalhão – presidente do Sindicato dos Caminhoneiros
Autônomos da Região Metropolitana de Campinas e da Associação
Nacional dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Cargas
Luiz Fernando Ribeiro Galvão – presidente Sindicato dos
Caminhoneiros Autônomos de Guarulhos – SP
Bernabé A. P. Rodrigues (Gastão) – diretor da Federação dos
Caminhoneiros Autônomos de Cargas em Geral do Estado de São
Paulo
Base CNTTL
A Confederação representa mais de 150 sindicatos filiados e oito
federações dos modais dos transportes rodoviário, ferroviário,
metroviário, moto-táxi, portuário, marítimo, fluvial, viário e
aéreo em todo o País.
No dia 18 de dezembro de 2014, a assembleia dos trabalhadores em
transportes aprovou a ampliação da abrangência da Confederação, que
mudou a sigla de CNTT para CNTTL, passando a representar também os
caminhoneiros autônomos e os trabalhadores no setor de logística do
Brasil. Somando todos os modais, cargas e logística a base da CNTTL
é de aproximadamente seis milhões de trabalhadores no
Brasil.
Confira a ata da reunião:
Viviane Barbosa, da Redação da CNTTL - última atualização às
21h01
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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