Maceió: Dirigente sindical é ameaçado de morte na TAM

Fábio Pitombeira precisou de tratamento psicológico após assédio moral


Publicação: 19/09/2014
Imagem de Maceió: Dirigente sindical é ameaçado de morte na TAM

Fábio Pitombeira, dirigente sindical do SNA em Maceió crédito:SNA

O dirigente sindical do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA/CUT), Fábio Pitombeira, responsável pela subsede de Maceió (Alagoas), foi ameaçado de morte pelo seu gerente na TAM. Para esclarecer o caso, ele se reuniu com o responsável pela Relação Trabalhista na empresa, Roberto Baccaro, na quarta-feira (17), na sala de reuniões da FENTAC (Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil). Também participaram  os diretores sindicais Selma Balbino, André Silva e o assessor jurídico da entidade, Álvaro Quintão.

O gerente em questão já tem um vasto histórico de denúncias por prática de assédio moral na empresa, mas o intenso trabalho realizado por Fábio como dirigente sindical fez com que ele se tornasse um de seus principais alvos. A ameaça de morte foi feita em julho. O gestor ficou irritado após Fabio divulgar que o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) anulou as eleições de 2013 para escolha da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), por constatar que o gerente da TAM fraudou o processo eleitoral.

A ameaça foi registrada tanto na polícia federal, como no Ministério Público do Trabalho (MPT). Entre os trechos da conversa, que foi toda gravada por Fábio, consta a seguinte declaração do gerente: “Você é um vagabundo que cavou sua própria cova”.  Após esse dia, Fábio continuou realizando suas atividades como dirigente sindical normalmente, mas se viu impossibilitado de retornar ao trabalho.

“Precisei de acompanhamento médico e o psiquiatra me receitou antidepressivo. É muito difícil passar por esse tipo de situação, mas, ainda assim, continuei realizando meu trabalho de base, pois a categoria não pode ser prejudicada por esse tipo de situação”, diz Fábio Pitombeira.

Retorno

No próximo dia 25,  Fabio retornará às suas atividades normais na empresa. Segundo o dirigente, os funcionários na companhia aérea correm o risco de sofrerem represálias até mesmo se forem vistos conversando com ele.  

Roberto Baccaro vai fazer uma visita à base antes do retorno de Pitombeira ao trabalho. O Relação Trabalhista da TAM disse que vai estudar o caso e buscar uma solução, para que essa perseguição sofrida não só pelo dirigente, como também pelos outros aeroviários, tenha um fim. 

Redação CNTT com SNA 



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