Foto: divulgação
O movimento negro fez um ato em frente à Rede Globo, em São Paulo, na noite de terça-feira (16), contra a minissérie “Sexo e as Nega”, que estreou na mesma data na emissora. Também aconteceu outro ato na Cinelândia, no Rio de Janeiro.
Classificada como racista pelas organizações sociais e pela Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial (Seppir), a minissérie global, dirigida por Miguel Farabella, já acumula 11 denúncias de racismo na ouvidoria da Seppir.
De acordo com o movimento negro, a maneira como o programa retrata as mulheres negras contribui com os estigmas atribuídos historicamente a elas, como, por exemplo, o de “mercadoria sexual”. “’Sexo e as Nega’ é só mais um capítulo do desserviço permanente prestado pela emissora ao povo negro”, disse Douglas Belchior, membro da Uneafro, em seu artigo à Carta Capital.
Em entrevista para o Brasil de Fato, Beatriz Lourenço, militante do Levante Popular da Juventude, disse que o programa tenta conduzir a farsa da democracia racial no Brasil. Ela explica que o estereótipo não surpreende, uma vez que a Rede Globo já utiliza essa prática racista, colocando mulheres negras como empregadas e sexualizadas em quadros de programas humorísticos.
“O grande problema do programa é que ele, mais uma vez, rifa a vida e a autoestima das [mulheres] pretas, chamando isso de entretenimento. A nossa crítica abre janela para a necessidade de democratizar a mídia, que mais uma vez atua no sentido de fazer a manutenção do racismo brasileiro”, diz.
Sobre a série
Desde quando foi anunciada a estreia da minissérie, milhares de pessoas se indignaram pelas redes sociais. De imediato, surgiu a proposta de mobilização pelo boicote ao programa. Para criar o seriado, Falabella se inspirou em sua camareira, que mora na comunidade Cidade Alta, que fica no bairro Cordovil, na zona norte do Rio de Janeiro.
Criticado pelo conteúdo racista do programa, Falabella não se importou, e ainda respondeu ironicamente que “o Brasil realmente precisa de protestos para mudar a sua situação”. “As pessoas têm que protestar mesmo. Este país precisa de protestos!”, disse em coletiva de imprensa na semana passada.
O seriado conta a história de quatro negras que vivem em uma comunidade carioca. A produção faz uma sátira à famosa série estadunidense “Sex and the City”.
Redação CNTT com Brasil de Fato
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
Redação CNTTL
Mídia Consulte Comunicação &Marketing
Editora e Assessora de Imprensa: Viviane Barbosa MTB 28121
WhatsApp: 55 + (11) 9+6948-7450
Assessoria de Tecnologia da Informação e Website: Egberto Lima
E-mail: viviane@midiaconsulte.com
Redação: jornalismo@midiaconsulte.com
Siga a CNTTL nas redes sociais:
www.facebook.com/cnttloficial
www.twitter.com/cnttloficial
www.youtube.com/cnttl
Mídia
Canal CNTTL